Portuguese Bible – BÍBLIA ON-LINE – Antigo Testamento

[II Reis 1]II
Reis 1

O PROFETA DE JAVÉ
1. Depois da morte de Acab, Moab se revoltou contra Israel.
2. Ocozias caiu da sacada de seu quarto, em Samaria, e ficou ferido.
Então mandou mensageiros com o seguinte encargo: “Consultem Baal-Zebub, deus de
Acaron, para ver se vou sarar destas feridas”.
3. Mas o anjo de Javé disse a Elias, o tesbita: “Levante-se e vá ao
encontro dos mensageiros do rei de Samaria e diga-lhes: ‘Por acaso não existe
Deus em Israel, para vocês estarem consultando Baal-Zebub, deus de Acaron?
4. Por isso, assim diz Javé: Você não se levantará da cama em que se
deitou. Com certeza você vai morrer’ “. E Elias foi embora.
5. Os mensageiros voltaram, e o rei Ocozias perguntou-lhes: “Por que
vocês voltaram?”
6. Eles responderam: “Um homem veio ao nosso encontro e nos mandou voltar
ao rei que nos tinha enviado, para dizer a ele: ‘Assim diz Javé: Por acaso não
existe Deus em Israel, para que você mande consultar Baal-Zebub, deus de Acaron?
Por isso você não se levantará da cama em que está deitado. Com certeza você vai
morrer’ “.
7. Ocozias perguntou: “Como era o homem que foi ao encontro de vocês e
lhes disse essas coisas?”
8. Eles responderam: “Ele estava vestido com roupa de pêlos e usava um
cinto de couro”. O rei disse: “É Elias, o tesbita!”
9. Então mandou um oficial com cinqüenta soldados buscar Elias. O oficial
subiu à procura de Elias, o encontrou sentado no alto do monte e lhe disse:
“Homem de Deus, o rei manda você descer”.
10. Elias respondeu: “Se eu sou homem de Deus, que um raio caia e queime
você e seus cinqüenta soldados”. Então um raio caiu e queimou o oficial e os
seus cinqüenta soldados.
11. O rei mandou de novo outro oficial com cinqüenta soldados. O oficial
subiu e disse a Elias: “Homem de Deus, o rei mandou você descer imediatamente”.

12. Elias respondeu: “Se eu sou homem de Deus, que um raio caia e queime
você e seus cinqüenta soldados”. Então um raio caiu e queimou o oficial e seus
cinqüenta soldados.
13. O rei mandou, pela terceira vez, um oficial com cinqüenta soldados. O
oficial subiu, ajoelhou-se diante de Elias e suplicou: “Homem de Deus, que a
minha vida e a vida desses cinqüenta soldados, seus servos, tenha algum valor
para você.
14. Caiu um raio e queimou dois oficiais, cada um com seus cinqüenta
homens. Mas agora, que a minha vida tenha algum valor para você!”
15. O anjo de Javé disse a Elias: “Desça com ele e não tenha medo”. Elias
se levantou, desceu com o oficial e foi falar com o rei.
16. E lhe disse: “Assim diz Javé: Uma vez que você enviou mensageiros
para consultar Baal-Zebub, deus de Acaron, você não se levantará da cama em que
está deitado. Com certeza você vai morrer”.
17. E o rei Ocozias morreu, conforme a palavra de Javé, anunciada por
Elias. E Ocozias não tinha filhos. Por isso, seu irmão Jorão subiu ao trono em
seu lugar; e já fazia dois anos que Jorão, filho de Josafá, era rei de Judá.
18. O resto da história de Ocozias, e do que ele fez, tudo está escrito
nos Anais dos Reis de Israel.

[II Reis 2]VI. ELISEU, DISCÍPULO DE
ELIAS

II Reis 2

A ATIVIDADE PROFÉTICA CONTINUA
1. Quando Javé arrebatou Elias ao céu num redemoinho, aconteceu o
seguinte: Elias e Eliseu partiram de Guilgal.
2. Elias disse a Eliseu: “Fique aqui, porque Javé me mandou ir sozinho a
Betel”. Eliseu respondeu: “Pela vida de Javé e pela sua vida, não deixarei de
acompanhar você”. E desceram juntos a Betel.
3. Os irmãos profetas que moravam em Betel foram ao encontro de Eliseu, e
lhe disseram: “Você está sabendo que Javé hoje mesmo vai levar embora seu
mestre, nos ares, por cima da sua cabeça?” Eliseu respondeu: “Claro que sei: Mas
fiquem quietos”.
4. Elias disse: “Eliseu, fique por aqui mesmo, porque Javé me manda ir
sozinho a Jericó”. Mas Eliseu respondeu: “Pela vida de Javé e pela sua vida, não
deixarei de acompanhar você”. E foram para Jericó.
5. Os irmãos profetas que moravam em Jericó se aproximaram de Eliseu, e
lhe disseram: “Você está sabendo que Javé hoje mesmo vai levar embora seu
mestre, nos ares, por cima da sua cabeça?” Eliseu respondeu: “Claro que sei. Mas
fiquem quietos”.
6. Elias disse a Eliseu: “Fique por aqui mesmo, porque Javé me manda ir
sozinho até o Jordão”. Mas Eliseu respondeu: “Pela vida de Javé e pela sua vida,
não deixarei de acompanhar você”. E eles foram juntos.
7. Com eles foram cinqüenta irmãos profetas. Estes ficaram a certa
distância, enquanto os dois pararam à margem do rio Jordão.
8. Então Elias pegou o manto, o enrolou e bateu com ele na água. A água
se dividiu em duas partes, de tal modo que os dois passaram o rio sem molhar os
pés.
9. Depois que passaram o rio, Elias disse a Eliseu: “Peça o que você
quiser, antes que eu seja arrebatado da sua presença”. Eliseu pediu: “Deixe-me
como herança dupla porção do seu espírito”.
10. Elias disse: “Você está pedindo uma coisa difícil. Em todo caso, se
você me enxergar quando eu for arrebatado da sua presença, isso que pede lhe
será concedido; caso contrário, não será concedido”.
11. E, enquanto estavam andando e conversando, apareceu um carro de fogo
com cavalos de fogo, que os separou um do outro. E Elias subiu ao céu no
redemoinho.
12. Eliseu olhava e gritava: “Meu pai! Meu pai! Carro e cavalaria de
Israel!” Depois não o viu mais. Então Eliseu pegou sua própria túnica e a rasgou
em duas partes.
13. Pegou o manto de Elias, que havia caído, e voltou para a margem do
Jordão.
14. Segurando o manto de Elias, bateu com ele na água, dizendo: “Onde
está Javé, o Deus de Elias?” Bateu na água, que se dividiu em duas partes. E ele
atravessou o rio.
15. Ao vê-lo, os irmãos profetas, que estavam a certa distância,
comentaram: “O espírito de Elias repousa sobre Eliseu”. Então foram ao seu
encontro, se prostraram diante dele,
16. e disseram: “Aqui, entre seus servos, você pode contar com cinqüenta
homens valentes. Permita que eles saiam para procurar seu mestre. Talvez o
espírito de Javé o tenha arrebatado e jogado sobre algum monte ou dentro de
algum vale”. Eliseu respondeu: “Não mandem ninguém”.
17. Eles, porém, insistiam tanto, a ponto de aborrecê-lo. Por fim, ele
disse: “Então mandem”. Eles mandaram cinqüenta homens, que procuraram Elias
durante três dias, mas não o encontraram.
18. Voltaram para Eliseu, que tinha ficado em Jericó. Então Eliseu lhes
disse: “Não falei para vocês não irem?”

VIDA PARA O POVO
19. Os habitantes de Jericó disseram a Eliseu: “A localização da cidade é
boa, como o senhor pode ver; mas a água é ruim e faz as mulheres abortarem”.
20. Eliseu pediu: “Tragam para mim um prato novo com sal”. Eles levaram o
prato,
21. e Eliseu foi até a fonte de água, jogou nela o sal, e disse: “Assim
diz Javé: Eu faço esta água ficar boa, e ela não causará nem morte nem
esterilidade”.
22. E a água se tornou potável até o dia de hoje, como Eliseu tinha dito.

O PROFETA MERECE RESPEITO
23. Daí, Eliseu foi para Betel. Enquanto subia pelo caminho, um bando de
garotos, que tinham saído da cidade, começaram a zombar dele, gritando: “Suba,
careca! Suba, careca!”
24. Eliseu virou-se, olhou para eles e os amaldiçoou em nome de Javé.
Então duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois garotos.
25. Eliseu foi para o monte Carmelo e depois voltou para Samaria.

[II Reis 3]II Reis 3

ALCANCE DA AÇÃO PROFÉTICA
1. Jorão, filho de Acab, subiu ao trono de Israel, em Samaria, no ano
dezoito do reinado de Josafá, rei de Judá. Reinou doze anos.
2. Fez o que Javé reprova, embora nem tanto como seu pai e sua mãe, pois
derrubou a estela de Baal, que seu pai tinha erguido.
3. Contudo, repetiu os pecados que Jeroboão, filho de Nabat, fez Israel
cometer, e deles não se afastou.
4. Mesa, rei de Moab, era criador de gado e pagava ao rei de Israel cem
mil cordeiros e cem mil carneiros, juntamente com a lã.
5. Quando Acab morreu, Mesa se revoltou contra Israel.
6. Nesse tempo, o rei Jorão saiu de Samaria e passou revista a todo o
Israel.
7. Depois mandou dizer ao rei de Judá: “O rei de Moab se revoltou contra
mim. Você quer ir comigo para lutar contra Moab?” O rei de Judá respondeu: “Sim.
Você e eu, seu exército e o meu, sua cavalaria e a minha, somos todos um só”.

8. E perguntou: “Que caminho seguiremos?” Jorão respondeu: “O caminho do
deserto de Edom”.
9. Então os reis de Israel, Judá e Edom partiram. Depois de marchar sete
dias, faltou água para o exército e para os animais.
10. Então o rei de Israel exclamou: “Ai de nós! Javé nos reuniu, os três
reis, para nos entregar em poder de Moab!”
11. O rei de Judá perguntou: “Não existe por aqui algum profeta para
podermos consultar a Javé?” Um dos oficiais do rei de Israel respondeu: “Aqui há
um certo Eliseu, filho de Safat, que derramava água nas mãos de Elias”.
12. Josafá comentou: “A palavra de Javé está com ele”. Então o rei de
Israel, o rei de Judá e o rei de Edom foram ao encontro de Eliseu.
13. Mas Eliseu disse ao rei de Israel: “Deixe-me em paz. Vá consultar os
profetas de seu pai e de sua mãe”. O rei de Israel replicou: “Olhe, Javé nos
reuniu, os três reis, para nos entregar em poder de Moab”.
14. Eliseu então disse: “Pela vida de Javé dos exércitos, a quem sirvo,
se não fosse por consideração ao rei de Judá, eu nem olharia na sua cara.
15. Apesar de tudo, me tragam aqui um tocador de lira”. Enquanto o músico
tocava, a mão de Javé veio sobre Eliseu.
16. E ele disse: “Assim diz Javé: ‘Cavem diversos fossos neste vale’,
17. pois assim diz Javé: ‘Vocês não verão vento nem chuva, mas este vale
ficará cheio de água e vocês poderão beber com seus exércitos e animais’.
18. Como isso não bastasse, Javé entregará Moab nas mãos de vocês.
19. E vocês destruirão todas as cidades fortificadas, cortarão suas
árvores frutíferas, fecharão todas as fontes e cobrirão de pedras todos os
campos férteis”.
20. De fato, na manhã seguinte, na hora da apresentação da oferta, veio
água dos lados de Edom, e toda a região ficou alagada.
21. Os moabitas ficaram sabendo que esses reis tinham chegado para os
atacar. Então convocaram todos os que tinham idade para pegar em armas e tomaram
posição na fronteira.
22. De manhã, quando se levantaram e o sol brilhou sobre a água, os
moabitas viram de longe a água, vermelha como sangue.
23. Então disseram: “É sangue. Os reis lutaram entre si e se mataram. E
agora, Moab, vamos saquear”.
24. Mas quando os moabitas chegaram ao acampamento israelita, os
israelitas se levantaram e derrotaram os moabitas, que fugiram. Os israelitas
entraram no território de Moab e o arrasaram:
25. destruíram as cidades, e cada um atirou pedras nos melhores campos
até os cobrir, fecharam todas as fontes e cortaram todas as árvores frutíferas.
Sobrou apenas Quir-Hares, que foi cercada e atacada pelos atiradores de pedras.

26. Quando o rei de Moab percebeu que não conseguiria sustentar o
combate, tomou consigo setecentos homens armados de espada, para abrir uma
passagem e chegar até o rei de Aram. Mas não conseguiu.
27. Pegou, então, seu filho primogênito, que lhe sucederia no trono, e o
ofereceu em holocausto sobre a muralha. Desencadeou-se então uma grande
indignação contra os israelitas, que tiveram de se retirar e voltar para seu
país.

[II Reis 4]II Reis 4

A LIBERTAÇÃO DOS POBRES
1. A esposa de um dos irmãos profetas suplicou a Eliseu: “Meu marido, seu
servo, morreu. E você sabe que seu servo temia a Javé. Mas um homem, a quem
devíamos, veio para levar meus dois filhos como escravos”.
2. Eliseu perguntou: “Que posso fazer por você? Diga-me o que você tem em
casa”. A mulher respondeu: “Tudo o que tenho em casa é uma vasilha de azeite”.

3. Então Eliseu ordenou: “Vá e tome emprestado dos vizinhos uma grande
quantidade de vasilhas.
4. Depois entre em casa, feche a porta com seus filhos dentro, e encha
todas as vasilhas com azeite. Conforme você as for enchendo, vá colocando à
parte”.
5. A mulher foi e se fechou em casa com os filhos. Estes iam levando as
vasilhas e a mulher ia derramando o azeite dentro.
6. Quando as vasilhas ficaram cheias, ela pediu ao filho: “Traga mais
uma”. E ele respondeu: “Acabou”. Então o azeite parou de correr.
7. A mulher foi contar isso ao homem de Deus, e ele disse: “Agora vá,
venda o azeite, pague a dívida e use o que sobrar para viver com seus filhos”.

PORTADOR DA VIDA
8. Certo dia, Eliseu passou pela cidade de Sunam, onde morava uma mulher
rica, que o convidou para uma refeição em sua casa. Depois disso, cada vez que
passava por aí, Eliseu entrava para comer.
9. A mulher disse ao marido: “Olhe, esse homem que está sempre em nossa
casa é um santo homem de Deus.
10. Vamos fazer para ele um quarto de tijolos no terraço, com cama, mesa,
cadeira e lâmpada. Quando ele vier à nossa casa, poderá ficar aí”.
11. Um dia que Eliseu passou por Sunam, subiu para o quarto do terraço e
se deitou.
12. Ele disse a seu servo Giezi: “Chame a sunamita”. O servo a chamou, e
ela se apresentou a Eliseu.
13. E ele disse ao servo: “Diga a ela: ‘Você se preocupou conosco. Que
podemos fazer por você? Quer alguma recomendação para o rei ou para o chefe do
exército?’ ” A mulher respondeu: “Eu vivo no meio do meu povo”.
14. Eliseu perguntou ao servo: “O que poderíamos fazer por ela?” Giezi
respondeu: “Ela não tem filhos, e o marido dela já é idoso”.
15. Eliseu disse: “Vá chamá-la” O servo chamou a mulher, e ela apareceu
na porta.
16. Eliseu disse: “Daqui a um ano, nesta mesma data, você terá um filho
nos braços”. Ela, porém, respondeu: “Não, meu senhor, não engane sua serva”.
17. A mulher, porém, ficou grávida e deu à luz um filho no ano seguinte,
na mesma época que Eliseu havia predito.
18. O menino cresceu. Certo dia, foi encontrar seu pai junto com os
ceifadores,
19. e lhe disse: “Estou com dor de cabeça”. O pai disse a um dos servos:
“Leve o menino para junto da mãe”.
20. O servo pegou o menino e o levou para a mãe. O menino ficou no colo
da mãe até o meio-dia, e depois morreu.
21. A mãe subiu até o terraço, colocou o menino sobre a cama do homem de
Deus, fechou a porta e saiu.
22. Depois chamou o marido e lhe disse: “Mande-me um servo e uma jumenta.
Vou correndo à casa do homem de Deus e volto logo”.
23. O marido perguntou: “O que é que você vai fazer lá hoje? Não é nem
lua nova nem sábado”. Mas ela respondeu: “Fique sossegado”.
24. Ela mandou selar a jumenta, e disse ao servo: “Vá na minha frente, e
pare somente quando eu lhe disser”.
25. Então a mulher foi ao encontro do homem de Deus no monte Carmelo. O
homem de Deus viu a mulher de longe, e disse a seu servo Giezi: “A sunamita vem
aí.
26. Corra ao encontro dela e pergunte: ‘Você está bem? Seu marido vai
bem? Seu filho está bem?’ ” A mulher respondeu: “Estamos bem”.
27. Quando chegou perto do homem de Deus, no alto da montanha, a mulher
abraçou os pés dele. Giezi se aproximou para afastá-la, mas o homem de Deus lhe
disse: “Deixe-a. Ela está com a alma amargurada. Javé me escondeu isso e nada me
revelou”.
28. Então a mulher perguntou: “Por acaso eu lhe pedi um filho? Eu lhe
havia pedido que não me enganasse”.
29. Eliseu ordenou a Giezi: “Apronte-se, pegue meu bastão e coloque-se a
caminho. Se você encontrar alguém, não o cumprimente, e se alguém o
cumprimentar, não responda. Coloque meu bastão sobre o rosto do menino”.
30. Mas a mãe disse: “Pela vida de Javé e pela sua vida, eu não o
deixarei”. Então Eliseu se levantou e a seguiu.
31. Giezi, que fora na frente, tinha colocado o bastão sobre o rosto do
menino, mas o menino não falou nem reagiu. Então o servo voltou ao encontro de
Eliseu e informou: “O menino não despertou”.
32. Eliseu entrou na casa e encontrou o menino morto, estendido sobre sua
própria cama.
33. Entrou, fechou a porta e rezou a Javé.
34. Depois subiu na cama, deitou-se sobre o menino, colocou a boca sobre
a dele, os olhos sobre os dele, as mãos sobre as dele, e estendeu-se sobre o
menino. E o menino foi se aquecendo.
35. Então Eliseu começou a andar pelo quarto, de cá para lá. Depois subiu
de novo na cama e se estendeu sobre o menino. Fez isso sete vezes. Então o
menino espirrou e abriu os olhos.
36. Eliseu chamou Giezi e lhe disse: “Chame a sunamita”. Giezi a chamou.
Quando ela chegou perto de Eliseu, este lhe disse: “Pegue seu filho”.
37. A mulher entrou, jogou-se aos pés de Eliseu e prostrou-se no chão.
Depois pegou o filho e saiu.

HABILIDADE DE ELISEU
38. Quando Eliseu voltou para Guilgal, havia fome na região. Os irmãos
profetas estavam sentados na sua frente. Então Eliseu disse ao seu servo: “Ponha
a panela grande no fogo, e prepare uma sopa para os irmãos profetas”.
39. Um deles foi ao campo para apanhar verdura. Encontrou uvas bravas,
apanhou-as e encheu o manto. Ao chegar, cortou-as em pedaços dentro da panela de
sopa, sem saber que eram venenosas.
40. E distribuíram a sopa para que os homens comessem. Logo que provaram
a sopa, gritaram: “Homem de Deus, isso é veneno!”
41. Eliseu ordenou: “Tragam farinha”. Então pôs farinha na panela e
disse: “Sirva as pessoas para que comam”. E já não havia nada de ruim na panela.

O PROFETA ENSINA A REPARTIR
42. Um homem de Baal-Salisa levou, ao homem de Deus, pão da primeira
colheita; levou vinte pães de cevada e trigo novo no bornal. Eliseu ordenou:
“Distribua a essas pessoas para que comam”.
43. Seu servo disse: “Como vou distribuir isso para cem pessoas?” Eliseu
insistiu: “Distribua a essas pessoas, para que comam. Porque assim diz Javé:
Elas comerão e ainda sobrará”.
44. Então o servo os distribuiu. Todos comeram e ainda sobrou, como Javé
tinha dito.

[II Reis 5]II Reis 5

JAVÉ DÁ A VIDA GRATUITAMENTE
1. Naamã, chefe do exército do rei de Aram, era homem estimado e
favorecido pelo seu senhor. Foi por meio dele que Javé concedeu a vitória aos
arameus. No entanto, esse homem valente ficou leproso.
2. Numa incursão, os arameus tinham levado do território de Israel uma
jovem, que ficou a serviço da mulher de Naamã.
3. Ela disse à patroa: “Meu senhor poderia apresentar-se ao profeta de
Samaria. Ele certamente o livraria da lepra”.
4. Naamã foi informar seu senhor: “A moça israelita disse isso”.
5. O rei de Aram lhe disse: “Vá até lá. Vou mandar uma carta para o rei
de Israel”. Naamã partiu levando trezentos e cinqüenta quilos de prata, sessenta
e oito quilos de ouro e dez roupas de festa.
6. Naamã entregou ao rei de Israel a carta que dizia: “Quando você
receber esta carta, verá que estou lhe mandando meu servo Naamã para que o cure
da lepra”.
7. O rei de Israel leu a carta e rasgou as próprias roupas, exclamando:
“Por acaso eu sou um deus, capaz de dar a morte ou a vida, para que esse fulano
me mande um homem para eu curá-lo de lepra? Vejam bem: ele anda buscando algum
pretexto contra mim!”
8. Eliseu, homem de Deus, soube que o rei de Israel tinha rasgado as
próprias roupas, e mandou dizer a ele: “Por que você rasgou as roupas? Deixe que
ele venha ao meu encontro, e ficará sabendo que há um profeta em Israel”.
9. Naamã chegou com seus cavalos e seu carro, e parou na frente da casa
de Eliseu.
10. Então Eliseu mandou um mensageiro até ele com esta ordem: “Vá e se
lave sete vezes no rio Jordão. Seu corpo ficará limpo, e você ficará curado”.

11. Naamã se irritou e foi embora, dizendo: “Eu pensava que ele saísse e
invocasse de pé o nome de Javé, o Deus dele. Depois passasse a mão no lugar da
doença e, assim, me livrasse da lepra.
12. Por acaso o Abana e o Farfar, rios de Damasco, não são melhores que
todas as águas de Israel? Eu não poderia lavar-me neles e ficar curado?”
Virou-se e foi embora indignado.
13. Seus servos se aproximaram e disseram: “Se o profeta lhe tivesse
mandado fazer alguma coisa difícil, o senhor não faria? No entanto, ele só
mandou isto: ‘Lave-se, e você ficará curado’ “.
14. Então Naamã desceu e mergulhou sete vezes no rio Jordão, como o homem
de Deus havia dito. Sua carne se tornou como a carne de uma criança, e ele ficou
curado.
15. Então Naamã voltou com toda a sua comitiva até o homem de Deus.
Entrou, parou na frente do profeta e disse: “Agora eu sei que não há outro Deus
na terra, a não ser em Israel! Por favor, aceite um presente do seu servo”.
16. Eliseu respondeu: “Pela vida de Javé, a quem eu sirvo: não aceitarei
nenhum presente”. Naamã insistiu para que ele aceitasse, mas ele recusou.
17. Então Naamã pediu: “Já que o senhor recusou, ao menos permita que
seja dado a seu servo a quantidade de terra que duas mulas podem carregar, pois
o seu servo não oferecerá mais holocausto e sacrifício a outros deuses, mas
somente para Javé.
18. E que Javé perdoe só uma coisa ao seu servo: quando o rei, meu
senhor, vai ao templo de Remon para adorar, ele se apóia no meu braço e eu
também me prostro junto com ele no templo de Remon. Que Javé perdoe esse gesto
do seu servo”.
19. Eliseu disse: “Vá em paz”. Naamã já se havia distanciado um bom
tanto,
20. quando Giezi, servo de Eliseu, pensou: “Meu senhor foi condescendente
com esse arameu Naamã, não aceitando dele o presente oferecido. Pela vida de
Javé! Vou correr atrás dele e ganharei alguma coisa”.
21. Então Giezi saiu correndo para alcançar Naamã. Quando Naamã viu que
Giezi ia correndo atrás dele, desceu do carro, foi ao seu encontro, e perguntou:
“Está tudo bem?”
22. Giezi respondeu: “Tudo bem. Só que meu senhor mandou dizer-lhe:
‘Agora mesmo acabam de chegar, da região montanhosa de Efraim, dois jovens
irmãos profetas. Por favor, dê para eles trinta e cinco quilos de prata e duas
roupas de festa’ “.
23. Naamã respondeu: “Aceite setenta quilos”. Insistiu para que Giezi
aceitasse. Depois Naamã colocou setenta quilos de prata e as roupas de festa em
duas sacolas, e entregou a dois servos seus. Estes foram na frente de Giezi,
levando as sacolas.
24. Chegando a Ofel, Giezi pegou os presentes, guardou-os em casa,
despediu os homens, e eles foram embora.
25. Depois Giezi foi ao encontro do seu senhor, e Eliseu lhe perguntou:
“Onde é que você foi, Giezi?” Ele respondeu: “O seu servo não foi a lugar
nenhum”. Mas Eliseu retrucou:
26. “Você pensa que o meu espírito não estava presente quando alguém
desceu do carro e foi encontrar você? Agora que você recebeu o dinheiro, com ele
você pode comprar roupas, plantações de azeitonas, vinhas, ovelhas, bois, servos
e servas.
27. Mas a lepra de Naamã passará para você e seus descendentes para
sempre”. E Giezi saiu da presença de Eliseu, branco como a neve, por causa da
lepra.

[II Reis 6]II Reis 6

DEUS SE MANIFESTA ENTRE OS POBRES
1. Os irmãos profetas disseram a Eliseu: “Como o senhor pode perceber, o
lugar onde estamos morando com o senhor é muito pequeno para nós.
2. Vamos até o rio Jordão, e cada um de nós pegará um tronco para
construir aí uma casa”. Eliseu disse: “Podem ir”.
3. Um deles pediu: “Por favor, venha com os seus servos”. Eliseu
respondeu: “Eu vou”.
4. E foi com eles. Chegando ao rio Jordão, começaram a cortar madeira.

5. Um dos irmãos estava cortando um tronco e o machado caiu na água.
Então ele gritou: “Meu senhor, era um machado emprestado!”
6. O homem de Deus perguntou: “Onde é que o machado caiu?” O irmão
mostrou-lhe o lugar. Então Eliseu cortou um galho de árvore, jogou no lugar e o
machado boiou.
7. Eliseu disse: “Pegue o machado”. O homem estendeu a mão e pegou o
machado.

O PROFETA NA VIDA POLÍTICA
8. O rei de Aram estava em guerra contra Israel. Numa reunião com seus
oficiais, ele determinou: “Vamos fazer uma emboscada em tal lugar”.
9. Mas Eliseu mandou dizer ao rei de Israel: “Cuidado com o tal lugar,
porque os arameus estão acampados aí”.
10. O rei de Israel mandou seus homens para o lugar que Eliseu lhe havia
indicado. Eliseu avisava, e o rei tomava precauções. E isso aconteceu várias
vezes.
11. O rei de Aram ficou perplexo com isso, convocou seus oficiais e
perguntou: “Digam-me! Quem dos nossos está nos traindo junto ao rei de Israel?”

12. Um dos oficiais respondeu: “Não é nenhum de nós, senhor meu rei. É
Eliseu, profeta de Israel, que revela ao rei de Israel até as palavras que o
senhor diz no quarto de dormir”.
13. Então o rei ordenou: “Vejam onde ele está, que eu o mandarei
prender”. Então informaram: “Eliseu está em Datã”.
14. O rei mandou para lá cavalaria, carros e poderosa tropa, que chegaram
de noite e cercaram a cidade.
15. No dia seguinte, Eliseu madrugou para sair, e viu que um exército
estava cercando a cidade, com cavalos e carros. Seu servo lhe disse: “Meu
senhor, o que vamos fazer?”
16. Eliseu respondeu: “Não tenha medo. Os que estão conosco são mais
numerosos que eles”.
17. E Eliseu rezou: “Javé, abre os olhos do meu servo, para que ele possa
enxergar”. Javé abriu os olhos do servo, e ele viu a montanha cheia de cavalaria
e carros de fogo em torno de Eliseu.
18. Quando os arameus desceram contra ele, Eliseu pediu a Javé:
“Atrapalha a vista desse pessoal”. E Javé atrapalhou a vista deles, conforme
Eliseu havia pedido.
19. Então Eliseu disse para eles: “Não é este o caminho, nem a cidade
certa. Sigam-me, e eu os levarei ao homem que vocês estão procurando”. E os
levou para Samaria.
20. Quando entraram em Samaria, Eliseu pediu: “Javé, abre os olhos deles,
para que enxerguem bem”. Javé abriu os olhos deles, e eles começaram a enxergar:
estavam no centro de Samaria!
21. Ao vê-los, o rei de Israel perguntou: “Devo matá-los, meu pai?”
22. Ele respondeu: “Não os mate. Será que você iria matar gente que você
não aprisionou com sua espada e seu arco? Dê-lhes pão e água, para que comam e
bebam, e depois voltem para o seu senhor”.
23. O rei lhes preparou um grande banquete. Eles comeram e beberam.
Depois o rei os despediu, e eles voltaram para o seu senhor. E os bandos arameus
não fizeram mais incursões no território israelita.

A SALVAÇÃO VEM ATRAVÉS DOS MARGINALIZADOS
24. Tempos depois, Ben-Adad, rei de Aram, reuniu todo o seu exército e
cercou a cidade de Samaria.
25. Então houve grande fome em Samaria, e o cerco foi tão duro que um
jumento chegou a valer novecentos gramas de prata e sessenta gramas de raízes
custava sessenta gramas de prata.
26. O rei de Israel estava passando pela muralha, e uma mulher gritou
para ele: “Socorro, senhor meu rei”.
27. Ele respondeu: “Se Javé não socorre você, onde vou achar auxílio para
salvá-la? Na eira ou no lagar?”
28. Depois o rei perguntou: “O que está acontecendo?” Ela respondeu:
“Esta mulher aqui me disse: ‘Traga o seu filho aqui para o comermos hoje; amanhã
comeremos o meu’.
29. Nós cozinhamos o meu filho e o comemos. No dia seguinte, eu disse a
ela: ‘Agora entregue seu filho para nós o comermos’. Mas ela escondeu o filho
dela”.
30. Quando o rei ouviu o que a mulher dizia, rasgou as próprias roupas.
Aconteceu que o rei estava andando sobre a muralha, e todos puderam ver que ele
estava usando um cilício.
31. Então o rei disse: “Que Deus me castigue se Eliseu, filho de Safat,
ainda hoje estiver com a cabeça em cima dos ombros”.
32. Enquanto isso, Eliseu estava sentado em casa com os anciãos. O rei
mandou um mensageiro na frente. Mas, antes que este chegasse, Eliseu disse aos
anciãos: “Vocês vão ver como esse assassino mandou alguém para cortar a minha
cabeça! Cuidado! Quando ele chegar, tranquem a porta e não o deixem passar. Não
será o barulho dos passos do senhor dele que vem logo atrás?”
33. Eliseu ainda estava falando com eles, quando o rei chegou e disse:
“Essa desgraça vem de Javé! O que mais posso esperar de Javé?”

[II Reis 7]II Reis 7

1. Eliseu respondeu: “Escutem a palavra de Javé: Assim diz Javé: Amanhã,
nesta mesma hora, na porta de Samaria, uma arroba de flor de farinha vai custar
onze gramas de prata, e duas arrobas de cevada valerão onze gramas”.
2. O escudeiro, no qual o rei se apoiava, disse a Eliseu: “Mesmo que Javé
abrisse janelas no céu, seria possível acontecer isso?” Eliseu respondeu: “Você
verá com seus próprios olhos, mas não vai comer nada”.
3. Quatro leprosos que estavam na entrada da cidade comentaram entre si:
“Por que ficar aqui esperando a morte?
4. Se resolvermos entrar na cidade, morreremos, porque aí reina a fome.
Se ficarmos aqui, vamos morrer do mesmo jeito. Então vamos para o lado do
acampamento dos arameus: se nos deixarem viver, viveremos; se eles nos matarem,
morreremos”.
5. Ao cair da tarde, eles foram para o acampamento dos arameus e
percorreram todo o acampamento. Não havia ninguém aí.
6. O Senhor havia feito escutar, no acampamento dos arameus, barulho de
carros, de cavalos e de grande exército. Então os arameus disseram. “O rei de
Israel deve ter contratado os reis heteus e os reis do Egito para nos atacar!”

7. Ao anoitecer, eles se levantaram e fugiram, abandonando tendas,
cavalos, jumentos, e deixando o acampamento como estava. Eles fugiram para
salvar a vida.
8. Depois de percorrer o acampamento, os leprosos entraram numa tenda,
onde comeram e beberam. Em seguida, pegaram prata, ouro e roupas, e esconderam
tudo. Voltaram, entraram em outra tenda, pegaram tudo o que encontraram e
levaram para o esconderijo.
9. Então comentaram: “Não estamos agindo certo. Hoje é um dia de boas
notícias e nós estamos calados! Se esperarmos até amanhã de manhã, seremos
castigados. Vamos levar a notícia ao palácio do rei”.
10. Eles foram, chamaram os porteiros da cidade e informaram: “Fomos ao
acampamento dos arameus: lá não há ninguém, não se ouve a voz de ninguém; há
somente cavalos e jumentos amarrados, e as tendas estão abandonadas!”
11. Os porteiros gritaram para dentro e informaram o palácio do rei.
12. Então o rei se levantou à noite e disse a seus oficiais: “Vou
explicar a vocês o que os arameus estão tramando contra nós. Eles sabem que
estamos passando fome. Por isso, eles saíram do acampamento para se esconder no
campo. Estão imaginando o seguinte: ‘Eles vão sair da cidade. Então nós os
prenderemos vivos e entraremos na cidade’ “.
13. Um dos oficiais sugeriu: “Vamos pegar cinco dos cavalos que estão
vivos. O máximo que pode acontecer com eles, é o que já está acontecendo com
toda a multidão de Israel que resta na cidade. Essa multidão de Israel que está
morrendo. Vamos mandá-los e ver o que acontece!”
14. Então tomaram dois carros com os cavalos, e o rei os mandou atrás do
exército dos arameus, dizendo: “Vão lá e vejam”.
15. Eles foram até o rio Jordão e viram que todo o caminho estava cheio
de roupas e objetos que os arameus, cheios de pavor, tinham abandonado. Os
mensageiros voltaram e contaram tudo ao rei.
16. Então o povo saiu e saqueou o acampamento dos arameus. E uma arroba
de flor de farinha passou a custar onze gramas de prata, e duas arrobas de
cevada custavam onze gramas, conforme a palavra de Javé.
17. O rei tinha posto como guarda da porta o seu escudeiro, no qual se
apoiava. O povo pisoteou o escudeiro junto à porta, e ele morreu, como o homem
de Deus havia predito. De fato, ele havia predito isso quando o rei fora até
ele.
18. O homem de Deus tinha dito ao rei: “Amanhã, nesta mesma hora, na
porta de Samaria, duas arrobas de cevada vão custar onze gramas de prata, e uma
arroba de flor de farinha custará onze gramas”.
19. E o escudeiro havia perguntado ao homem de Deus: “Mesmo que Javé
abrisse janelas no céu, seria possível acontecer isso?” Eliseu respondera: “Você
verá isso com seus próprios olhos, mas não vai comer nada”.
20. Foi justamente o que aconteceu: o povo pisoteou o escudeiro na porta,
e ele morreu.

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[II Reis 8]II Reis 8

MEMÓRIA E INFLUÊNCIA DO PROFETA
1. Eliseu disse à mulher, cujo filho ele havia feito reviver: “Pode
partir com sua família e vá morar onde você puder, no estrangeiro, porque Javé
mandou a fome, que já está chegando ao país, e vai durar sete anos”.
2. A mulher foi e fez o que o homem de Deus tinha mandado: partiu com sua
família e morou sete anos no território dos filisteus.
3. Passados sete anos, ela voltou da terra dos filisteus, e foi reclamar
junto ao rei sobre sua casa e seu terreno.
4. O rei estava conversando com Giezi, servo do homem de Deus. Ele dizia:
“Conte-me todas as grandes coisas que Eliseu fez”.
5. Giezi estava contando ao rei a ressurreição do menino morto, quando a
mulher, cujo filho Eliseu havia ressuscitado, chegou para reclamar junto ao rei
sobre sua casa e seu terreno. Giezi disse: “Senhor meu rei, essa é a mulher e
esse é o seu menino, que Eliseu ressuscitou”.
6. O rei interrogou a mulher e ela contou o acontecido. Então o rei
mandou que um funcionário a acompanhasse. E ordenou: “Seja restituído a essa
mulher tudo o que lhe pertence e todos os rendimentos do terreno, desde o dia em
que ela deixou o país até hoje”.

O PROFETA SABE DISCERNIR
7. Eliseu foi a Damasco, quando Ben-Adad, o rei de Aram, estava doente.
Informaram o rei: “O homem de Deus está aqui”.
8. Então o rei ordenou a Hazael: “Tome um presente, vá encontrar-se com o
homem de Deus e consulte Javé por meio dele, para saber se vou ficar curado
desta doença”.
9. Hazael foi encontrar-se com Eliseu, levando como presente uma carga de
quarenta camelos carregados de tudo o que havia de melhor em Damasco. Chegando à
presença de Eliseu, disse: “Seu filho Ben-Adad, rei de Aram, mandou perguntar ao
senhor se ele vai ficar bom da doença”.
10. Eliseu respondeu: “Diga ao rei que ele poderá ficar bom. No entanto,
Javé me mostrou que ele certamente vai morrer”.
11. Nesse momento, Eliseu ficou com o rosto imóvel e o olhar fixo. E o
homem de Deus começou a chorar.
12. Hazael perguntou: “Por que é que o senhor está chorando?” Eliseu
respondeu: “Porque eu sei o mal que você fará aos israelitas: você vai incendiar
as fortalezas, passar a fio de espada os jovens, esmagar as crianças e rasgar o
ventre das mulheres grávidas!”
13. Hazael perguntou: “Mas quem é este seu servo? Eu não passo de um cão.
Como poderia eu fazer essas coisas?” Eliseu respondeu: “Javé me mostrou numa
visão que você será o rei de Aram”.
14. Hazael deixou Eliseu e voltou para o seu senhor. Este perguntou: “O
que foi que Eliseu disse?” Hazael respondeu: “Ele disse que o senhor poderia
ficar curado”.
15. No dia seguinte, Hazael pegou uma coberta, a encharcou de água e a
colocou sobre o rosto de Ben-Adad, até que ele morreu. E Hazael reinou no lugar
dele.

JORÃO EM JUDÁ: REINO EM DECADÊNCIA
16. Jorão, filho de Josafá, subiu ao trono de Judá no quinto ano do
reinado de Jorão, filho de Acab, rei de Israel.
17. Ele tinha trinta e dois anos quando subiu ao trono. E reinou oito
anos em Jerusalém.
18. Imitou o comportamento dos reis de Israel, como a família de Acab
havia feito. Isso porque ele se casou com uma mulher da família de Acab; e fez o
que Javé reprova.
19. Javé, porém, não quis destruir Judá, por causa do seu servo Davi,
pois havia prometido a ele deixar sempre uma lâmpada em sua presença.
20. No tempo de Jorão, rei de Judá, Edom conseguiu libertar-se do domínio
de Judá e formar um reino independente.
21. Jorão foi a Seira com todos os seus carros. Levantou-se de noite e,
embora tivesse derrotado o exército edomita que o cercava e todos os seus
comandantes de carros, a tropa de Jorão debandou e fugiu para suas tendas.
22. Desse modo, Edom se tornou independente de Judá até hoje. Também foi
nessa época que Lebna se rebelou.
23. O resto da história de Jorão, e do que ele fez, tudo está escrito nos
Anais dos Reis de Judá.
24. Jorão morreu e foi enterrado com seus antepassados na Cidade de Davi.
E seu filho Ocozias lhe sucedeu no trono.

OCOZIAS EM JUDÁ: PARENTESCO E ALIANÇA
25. Ocozias, filho de Jorão, subiu ao trono de Judá no ano doze do
reinado de Jorão, rei de Israel, filho de Acab.
26. Começou a reinar com vinte e dois anos. E reinou um ano em Jerusalém.
Sua mãe se chamava Atalia e era filha de Amri, rei de Israel.
27. Ocozias imitou o comportamento da família de Acab e, como esta, fez o
que Javé reprova, pois era parente dessa família.
28. Junto com Jorão, filho de Acab, Ocozias foi lutar em Ramot de Galaad
contra Hazael, rei de Aram. Mas os arameus feriram Jorão,
29. que voltou para Jezrael, a fim de tratar dos ferimentos que recebera
dos arameus em Ramot, ao lutar contra Hazael, rei de Aram. Ocozias, filho de
Jorão, rei de Judá, foi a Jezrael para visitar Jorão, filho de Acab, que estava
ferido.

[II Reis 9]II Reis 9

O PROFETA FAZ POLÍTICA
1. O profeta Eliseu chamou um dos irmãos profetas, e lhe ordenou:
“Prepare-se, pegue esta vasilha de azeite e vá para Ramot de Galaad.
2. Ao chegar, procure Jeú, filho de Josafá, neto de Namsi. Quando você o
encontrar, chame-o do meio de seus companheiros e leve-o até um aposento
separado.
3. Pegue então a vasilha e derrame o azeite sobre a cabeça dele, dizendo:
‘Assim diz Javé: Estou ungindo você como rei de Israel’. Depois abra a porta e
fuja depressa”.
4. O jovem foi para Ramot de Galaad.
5. Ao chegar, encontrou os chefes do exército reunidos. E disse: “Chefe,
tenho uma mensagem para você”. Jeú perguntou: “Para qual de nós?” O jovem
respondeu: “Para você, chefe”.
6. Jeú se levantou e entrou no aposento. Então o jovem derramou o azeite
sobre a cabeça dele, e disse: “Assim diz Javé, o Deus de Israel: Estou ungindo
você como rei de Israel, o povo de Javé.
7. Elimine a família de Acab, seu senhor, e eu vingarei o sangue de meus
servos, os profetas, e de todos os servos de Javé, contra Jezabel
8. e contra toda a família de Acab. Eliminarei de Israel todos os homens
da família de Acab, seja escravo, seja livre.
9. Tratarei a família de Acab como tratei a família de Jeroboão, filho de
Nabat, e a família de Baasa, filho de Aías.
10. Jezabel será devorada pelos cães no campo de Jezrael, e ninguém a
enterrará”. Depois disso, o jovem abriu a porta e fugiu.
11. Jeú saiu para se reunir com os oficiais de seu senhor, e estes lhe
perguntaram: “Está tudo bem? O que é que esse louco estava querendo?” Jeú
respondeu: “Vocês conhecem bem esse homem e seu tipo de conversa”.
12. Eles, porém, insistiram: “Vamos lá! Conte o que houve”. Jeú
respondeu: “Ele me disse o seguinte: ‘Assim diz Javé: Estou ungindo você como
rei de Israel’ “.
13. Imediatamente todos pegaram seus mantos e os estenderam sobre os
degraus, aos pés de Jeú. Depois tocaram a trombeta e aclamaram: “Jeú é rei”.

JEÚ E A VINGANÇA DE UM POVO
14. Jeú, filho de Josafá e neto de Namsi, organizou uma conspiração
contra Jorão. Ora, Jorão estava com todo o Israel defendendo Ramot de Galaad
contra um ataque de Hazael, rei de Aram.
15. O rei Jorão, porém, tinha voltado a Jezrael para se tratar dos
ferimentos que recebera dos arameus na guerra contra Hazael, rei de Aram. Jeú
disse aos chefes: “Se vocês estão de acordo, não deixem ninguém sair da cidade
para levar a notícia a Jezrael”.
16. Então Jeú subiu num carro e partiu para Jezrael. Jorão estava aí, de
cama, e Ocozias, rei de Judá, tinha ido visitá-lo.
17. A sentinela, que estava na torre de Jezrael, viu o grupo de Jeú se
aproximando, e disse: “Estou vendo uma tropa”. Jorão ordenou: “Chame um
cavaleiro e o mande ao encontro deles para perguntar se estão trazendo boas
notícias”.
18. O cavaleiro foi ao encontro de Jeú, e disse: “O rei manda perguntar
se vocês trazem boas notícias”. Jeú respondeu: “O que importam para você as boas
notícias? Siga-me”. A sentinela anunciou: “O mensageiro chegou até eles, mas não
está voltando”.
19. Então o rei mandou outro cavaleiro, que foi até Jeú e disse: “O rei
manda perguntar se vocês trazem boas notícias”. Jeú respondeu: “O que importam
para você as boas notícias? Siga-me”.
20. A sentinela anunciou: “O mensageiro chegou até eles, mas não está
voltando. Pelo jeito de guiar o carro, deve ser Jeú, neto de Namsi. Ele vem
guiando como um doido!”
21. Jorão disse: “Preparem o meu carro”. O carro foi preparado, e Jorão,
rei de Israel, e Ocozias, rei de Judá, cada qual no seu carro, saíram ao
encontro de Jeú e se encontraram com ele na propriedade de Nabot de Jezrael.
22. Ao ver Jeú, Jorão perguntou: “Está tudo bem, Jeú?” Este respondeu:
“Como pode estar tudo bem, se continuam as prostituições de sua mãe Jezabel e as
inúmeras magias?”
23. Então Jorão virou o carro e fugiu, gritando para Ocozias: “É traição,
Ocozias!”
24. Jeú, porém, já havia esticado o arco, e atingiu Jorão no meio das
costas. A flecha varou o coração de Jorão, e ele caiu no carro.
25. Jeú ordenou para seu escudeiro Badacer: “Tire e jogue-o no terreno
que pertencia a Nabot de Jezrael. Você se lembra quando nós dois estávamos
juntos num carro perseguindo Acab, o pai dele? Javé pronunciou então esta
sentença contra ele:
26. ‘Ontem à tarde eu vi o sangue de Nabot e dos filhos dele, oráculo de
Javé. Farei você pagar neste mesmo terreno, oráculo de Javé’. Agora, portanto,
tire Jorão e jogue-o neste terreno, conforme a palavra de Javé”.
27. Vendo isso, Ocozias, rei de Judá, fugiu pelo caminho de Bet-Gã. Jeú o
perseguiu e gritou: “Matem Ocozias também”. E ele foi ferido no seu carro, na
subida de Gaver, perto de Jeblaam. Refugiou-se em Meguido, onde morreu.
28. E foi levado num carro pelos seus servos para Jerusalém e enterrado
no seu túmulo, juntamente com seus antepassados, na Cidade de Davi.
29. Ocozias tinha subido ao trono de Judá no ano onze do reinado de
Jorão, filho de Acab.
30. Jeú foi para Jezrael. Ao saber disso, Jezabel pintou os olhos,
enfeitou a cabeça e ficou na janela.
31. Quando Jeú atravessou a porta da cidade, ela perguntou: “Está tudo
bem, ó Zambri, assassino do seu senhor?”
32. Jeú olhou para a janela e disse: “Quem está comigo?” Dois ou três
funcionários disseram que estavam do lado dele.
33. Então Jeú ordenou: “Joguem essa mulher para baixo”. Eles a jogaram. E
o sangue dela espirrou na parede e nos cavalos, que a pisotearam.
34. Em seguida, Jeú entrou, comeu e bebeu. Depois disse: “Vão ver aquela
maldita e a enterrem, pois é filha de rei”.
35. Mas, quando chegaram para enterrá-la, só encontraram o crânio, os pés
e as mãos.
36. Foram contar a Jeú, e ele disse: “Esta foi a palavra que Javé
pronunciou por meio de seu servo Elias, o tesbita: No campo de Jezrael, os cães
devorarão a carne de Jezabel,
37. e o cadáver de Jezabel será como esterco espalhado pelo campo de
Jezrael, de modo que não se poderá reconhecer que é Jezabel!”

[II Reis 10]II Reis 10

EXTERMINANDO A IDOLATRIA
1. Em Samaria havia setenta filhos de Acab. Jeú escreveu cartas, e as
enviou para Samaria aos chefes da cidade, aos anciãos e tutores dos filhos de
Acab. As cartas diziam:
2. “Quando esta carta chegar, vocês, que estão com os filhos do seu
senhor e possuem carros e cavalos, cidade fortificada e armas,
3. escolham o melhor e o mais digno dos filhos do seu senhor e o coloquem
no trono do pai. Depois lutem pela família do senhor de vocês!”
4. Eles, porém, ficaram com muito medo, e disseram: “Se dois reis não
puderam resistir a Jeú, como é que nós vamos conseguir?”
5. Então o prefeito do palácio, o comandante da cidade, os anciãos e os
tutores mandaram dizer a Jeú: “Somos seus servos. Faremos o que você mandar. Não
vamos escolher nenhum rei. Faça o que você achar melhor”.
6. Jeú escreveu outra carta, dizendo: “Se vocês estão do meu lado e
querem me escutar, façam o seguinte: peguem os cabeças dentre os homens da
família do seu senhor e venham aqui em Jezrael, amanhã, nesta mesma hora”.
Setenta filhos do rei moravam nas casas dos notáveis da cidade, onde eram
educados.
7. Quando a carta chegou, eles pegaram os filhos do rei, degolaram os
setenta, puseram as cabeças dentro de cestos e mandaram para Jezrael.
8. Um mensageiro anunciou a Jeú: “Eles trouxeram as cabeças dos filhos do
rei”. Jeú ordenou: “Façam com as cabeças dois montes na entrada, junto à porta
da cidade, e deixem aí até amanhã de manhã”.
9. E de manhã, Jeú saiu, e em pé falou a todo o povo: “Vocês são
inocentes! De fato, eu conspirei contra meu senhor e o matei. Mas esses outros
aqui, quem foi que os matou?
10. Pois fiquem sabendo que não ficará sem se cumprir nenhuma palavra que
Javé pronunciou contra a família de Acab. Javé realizou o que havia dito por
meio do seu servo Elias”.
11. E Jeú matou também todos os que restavam da família de Acab em
Jezrael: notáveis, parentes e sacerdotes. Não sobrou nenhum.
12. Jeú foi para Samaria. No caminho, em Curral dos Pastores,
13. encontrou parentes de Ocozias, rei de Judá, e perguntou: “Quem são
vocês?” Eles responderam: “Somos parentes de Ocozias e estamos indo visitar os
filhos do rei e os filhos da rainha-mãe”.
14. Jeú ordenou: “Prendam vivos esses homens”. Eles foram presos vivos e
depois degolados no poço de Curral. Eram quarenta e dois, e não sobrou nenhum.

15. Saindo daí, Jeú se encontrou com Jonadab, filho de Recab, que vinha
ao seu encontro, o cumprimentou e lhe disse: “Você é leal para mim como eu sou
para você?” Jonadab respondeu: “Sou”. Jeú replicou: “Então me dê a mão”. Jonadab
estendeu-lhe a mão, e Jeú o fez subir ao seu lado no carro,
16. dizendo: “Venha comigo, que você verá o zelo que eu tenho por Javé”.
E o levou no carro.
17. Ao entrar em Samaria, mandou matar todos os sobreviventes da família
de Acab que estavam em Samaria. Exterminou toda a família de Acab, como Javé
tinha dito a Elias.
18. Jeú reuniu todo o povo e falou: “Acab tinha servido pouco a Baal. Jeú
vai servi-lo muito mais.
19. Agora, portanto, chamem todos os profetas de Baal, todos os seus
fiéis e sacerdotes. Ninguém deve faltar, pois quero oferecer um grande
sacrifício a Baal. Quem faltar, morrerá”. Jeú agiu com astúcia para acabar com
os fiéis de Baal.
20. Jeú ordenou: “Convoquem uma festa solene em honra de Baal”. E eles
convocaram.
21. Jeú enviou mensageiros para todo o Israel, e todos os fiéis de Baal
se apresentaram. Ninguém faltou. Foram para o templo de Baal, que ficou lotado.

22. Jeú ordenou ao guarda do vestiário: “Traga vestes para todos os fiéis
de Baal”. E o guarda trouxe vestes para todos.
23. Jeú e Jonadab, filho de Recab, foram para o templo. E Jeú disse aos
fiéis de Baal: “Vejam bem se aqui há somente devotos de Baal, e não de Javé”.

24. Então Jeú se aproximou para oferecer sacrifícios e holocaustos. Jeú,
porém, tinha colocado do lado de fora oitenta homens, com esta ordem: “Quem
deixar escapar uma só dessas pessoas que eu vou entregar a vocês pagará com a
própria vida”.
25. Quando terminou de oferecer o holocausto, Jeú ordenou aos guardas e
escudeiros: “Entrem e matem todos. Não deixem ninguém sair”. Os guardas e
escudeiros mataram todos e os atiraram para fora. Depois voltaram ao templo de
Baal,
26. arrancaram o poste sagrado do templo e o queimaram.
27. Derrubaram a estela de Baal, demoliram o templo de Baal e no lugar
construíram latrinas, que até hoje estão aí.
28. Jeú fez Baal desaparecer de Israel.
29. Somente não se afastou dos pecados que Jeroboão, filho de Nabat,
tinha feito Israel cometer: os bezerros de ouro que estavam em Betel e Dã.
30. Javé disse a Jeú: “Porque você agiu bem, fazendo o que eu aprovo, e
tratou a família de Acab como eu queria, os seus filhos sentarão no trono de
Israel até a quarta geração”.
31. Jeú, porém, não se preocupou em seguir de todo o coração a lei de
Javé, o Deus de Israel. Ele não se afastou dos pecados que Jeroboão tinha feito
Israel cometer.
32. Nessa época, Javé retalhou o território de Israel. Hazael venceu
Israel em todas as fronteiras,
33. a partir do rio Jordão, ao Oriente. E se apossou de todo o território
de Galaad, de Gad, de Rúben, de Manassés, desde Aroer, junto ao rio Arnon, assim
como Galaad e Basã.
34. O resto da história de Jeú, e do que ele fez, tudo está escrito nos
Anais dos Reis de Israel.
35. Jeú morreu e foi enterrado em Samaria. E seu filho Joacaz lhe sucedeu
no trono.
36. Jeú reinou vinte e oito anos sobre Israel, em Samaria.

[II Reis 11]II Reis 11

ATALIA EM JUDÁ: FIM DO ARBÍTRIO
1. Quando Atalia, mãe de Ocozias, soube que seu filho estava morto,
resolveu acabar com a descendência real.
2. Josaba, filha do rei Jorão e irmã de Ocozias, conseguiu salvar seu
sobrinho Joás dentre os filhos do rei que estavam sendo massacrados. Levou o
menino, com a ama dele, para o quarto dos leitos, escondendo-o de Atalia. Assim,
Joás escapou da morte.
3. E Joás, com sua ama, ficou seis anos escondido no Templo de Javé,
enquanto Atalia reinava no país.
4. No sétimo ano, Joiada mandou chamar os oficiais dos mercenários e os
guardas. E os reuniu no Templo de Javé. Aí concluiu uma aliança com eles, fez
com que prestassem juramento e, então, mostrou-lhes o filho do rei.
5. Em seguida, ordenou-lhes: “Vocês vão fazer o seguinte: Um terço de
vocês, que entra em serviço no sábado para montar guarda no palácio real,
6. os que ficam na porta de Sur e os que ficam na porta atrás dos
guardas, montarão guarda no Templo para controlar a entrada.
7. Os outros dois grupos, que não trabalham no sábado, montarão guarda no
Templo de Javé, junto ao rei.
8. Façam em torno do rei um círculo, com armas em punho. Matem todo
aquele que quiser forçar as fileiras. E fiquem sempre junto do rei, aonde quer
que ele vá”.
9. Os oficiais fizeram como o sacerdote Joiada tinha mandado. Cada um
deles reuniu seus homens, tanto os que entravam em serviço no sábado como os que
saíam, e foram até o sacerdote Joiada.
10. O sacerdote entregou aos oficiais as lanças e escudos do rei Davi,
que estavam no Templo de Javé.
11. De armas em punho, os guardas tomaram seus lugares, desde o ângulo
sul até o ângulo norte do Templo, rodeando o altar e o Templo, para proteger o
rei.
12. Então Joiada pediu para o rei sair, colocou nele a coroa e
entregou-lhe o documento da aliança. Joás foi proclamado rei e ungido. Todos
aplaudiram, aclamando: “Viva o rei!”
13. Ouvindo os gritos do povo, Atalia foi ao encontro do povo no Templo
de Javé.
14. Mas quando viu o rei de pé no estrado, segundo o costume, os oficiais
e os tocadores de trombeta junto ao rei, todo o povo da terra gritando de
alegria e tocando trombeta, ela rasgou a roupa e disse: “Traição, traição!”
15. Então o sacerdote Joiada ordenou aos oficiais das tropas: “Arrastem
Atalia para fora, por entre as fileiras. Se alguém a seguir, passem a fio de
espada”. O sacerdote, de fato, havia dito: “Não a matem dentro do Templo de
Javé”.
16. Agarraram Atalia e, chegando ao palácio real, na entrada da porta dos
Cavalos, aí a mataram.
17. Joiada selou, entre Javé e o rei com o povo, a aliança, pela qual
este se comprometia a ser o povo de Javé. Selou também contrato entre o rei e o
povo.
18. Em seguida, todo o povo da terra foi até o templo de Baal e o
arrasou: demoliram os altares e as imagens e, diante dos altares, executaram
Matã, sacerdote de Baal. O sacerdote Joiada colocou guardas no Templo de Javé.

19. Depois reuniu os oficiais, os mercenários, os guardas e todo o povo
da terra. Fizeram o rei sair do Templo de Javé e o levaram ao palácio real pela
porta dos Guardas. E Joás sentou-se no trono dos reis.
20. Todo o povo da terra festejou, e a cidade ficou tranqüila, porque
Atalia tinha sido morta pela espada no palácio real.

[II Reis 12]II Reis 12

JOÁS EM JUDÁ: IMPORTÂNCIA DO TEMPLO
1. Joás tinha sete anos quando começou a reinar.
2. Ele subiu ao trono no sétimo ano de Jeú. E reinou quarenta anos em
Jerusalém. Sua mãe se chamava Sebias e era natural de Bersabéia.
3. Durante toda a sua vida, Joás fez o que Javé aprova, pois tinha sido
educado pelo sacerdote Joiada.
4. Contudo, os lugares altos não desapareceram, e o povo continuou a
oferecer sacrifícios e a queimar incenso nos lugares altos.
5. Joás disse aos sacerdotes: “Todo o dinheiro das ofertas sagradas
oferecido ao Templo de Javé, o dinheiro que circula, o dinheiro das taxas
individuais, o dinheiro das ofertas voluntárias, tudo seja levado para o Templo
de Javé.
6. Que os sacerdotes o recolham da mão de seus conhecidos, para fazer
reformas necessárias no Templo”.
7. Aconteceu que, no ano vinte e três do reinado de Joás, os sacerdotes
ainda não tinham feito as reformas necessárias no Templo de Javé.
8. O rei Joás mandou chamar o sacerdote Joiada e os outros sacerdotes, e
lhes perguntou: “Por que vocês não fizeram a reforma do Templo? De agora em
diante, vocês não ficarão mais com o dinheiro entregue pelos seus conhecidos;
vocês têm que entregá-lo para a reforma do Templo”.
9. Os sacerdotes concordaram em não receber dinheiro do povo, e não serem
mais os encarregados da reforma do Templo.
10. Então o sacerdote Joiada pegou um cofre, fez um buraco na tampa e o
colocou junto do altar, no lado direito de quem entra no Templo de Javé. E os
sacerdotes porteiros depositavam aí todo o dinheiro que era levado para o
Templo.
11. Quando eles viam que havia muito dinheiro no cofre, o secretário do
rei e o sumo sacerdote iam, recolhiam e contavam o dinheiro que havia no Templo
de Javé.
12. Depois de ter conferido o dinheiro, eles o entregavam aos mestres de
obras encarregados do Templo de Javé. Estes utilizavam o dinheiro para pagar
carpinteiros e construtores que trabalhavam no Templo de Javé,
13. pedreiros e escultores, e também para comprar madeira e pedra
utilizadas na restauração do Templo de Javé.
14. Com esse dinheiro oferecido para o Templo de Javé, não se faziam
taças de prata, facas, bacias para aspersão, trombetas, nem objetos de ouro ou
prata.
15. O dinheiro era entregue aos mestres de obras, que o usavam na reforma
do Templo de Javé.
16. Nem se pediam contas aos homens que recebiam o dinheiro para pagar os
operários, porque eles agiam com honestidade.
17. Contudo, o dinheiro oferecido para os sacrifícios de reparação e os
sacrifícios pelo pecado não era destinado para o Templo de Javé, mas para os
sacerdotes.
18. Hazael, rei de Aram, depois de fazer guerra contra Gat e tomá-la,
resolveu subir para atacar Jerusalém.
19. Então Joás, rei de Judá, pegou os objetos que seus antepassados,
Josafá, Jorão e Ocozias, reis de Judá, haviam consagrado, e que ele próprio
havia consagrado, todo o ouro que existia nos tesouros do Templo de Javé e no
palácio real; pegou tudo isso e entregou a Hazael, rei de Aram. Então este se
retirou de Jerusalém.
20. O resto da história de Joás, e do que ele fez, tudo está escrito nos
Anais dos Reis de Judá.
21. Seus oficiais se rebelaram e o traíram: Joás foi morto em Bet-Melo,
na descida do aterro.
22. Foram seus oficiais Jozacar, filho de Semaat, e Jozabad, filho de
Somer, que o feriram de morte. Joás foi enterrado com seus antepassados na
Cidade de Davi. E seu filho Amasias lhe sucedeu no trono.

[II Reis 13]II Reis 13

JOACAZ EM ISRAEL: PROMESSA DE UM LIBERTADOR
1. Joacaz, filho de Jeú, começou a reinar sobre Israel, em Samaria, no
ano vinte e três do rei Joás, filho de Ocozias, rei de Judá. Ele reinou
dezessete anos.
2. Fez o que Javé reprova: imitou os pecados que Jeroboão, filho de
Nabat, havia feito Israel cometer, e não os eliminou.
3. Por isso, a ira de Javé se inflamou contra Israel e, durante todo esse
período, o tornou submisso a Hazael, rei de Aram, e a Ben-Adad, filho de Hazael.

4. Então Joacaz implorou a Javé, e Javé o escutou, porque viu como o rei
de Aram oprimia Israel.
5. Javé deu a Israel um libertador, que o libertou do poder de Aram. E os
israelitas puderam morar em suas tendas, como antes.
6. Não se afastaram, porém, dos pecados que Jeroboão tinha feito Israel
cometer. Continuaram a cometê-los. Até o poste sagrado continuou erguido em
Samaria.
7. Foi por isso que Javé deixou para Joacaz somente cinqüenta cavaleiros,
dez carros e dez mil soldados de infantaria. O rei de Aram os havia exterminado
e reduzido à poeira da estrada.
8. O resto da história de Joacaz, do que ele fez e suas façanhas, tudo
está escrito nos Anais dos Reis de Israel.
9. Joacaz morreu e foi enterrado em Samaria. E seu filho Joás lhe sucedeu
no trono.

JOÁS EM ISRAEL: O MAL CONTINUA
10. Joás, filho de Joacaz, começou a reinar sobre Israel, em Samaria, no
ano trinta e sete de Joás, rei de Judá. Ele reinou dezesseis anos.
11. Fez o que Javé reprova, e não se afastou dos pecados que Jeroboão,
filho de Nabat, havia feito Israel cometer, e continuou a praticá-los.
12. O resto da história de Joás, do que ele fez e suas façanhas, a guerra
que ele moveu contra Amasias, rei de Judá, tudo está escrito nos Anais dos Reis
de Israel.
13. Joás foi se juntar a seus antepassados. E Jeroboão lhe sucedeu no
trono. Joás foi enterrado em Samaria, com os reis de Israel.

A AÇÃO PROFÉTICA NÃO PÁRA
14. Quando Eliseu pegou a doença que o levaria à morte, Joás, rei de
Israel, foi visitá-lo. E chorou sobre ele, dizendo: “Meu pai, meu pai! Carro e
cavalaria de Israel!”
15. Eliseu disse: “Vá buscar o arco e algumas flechas”. Joás foi buscar o
arco e algumas flechas.
16. Então Eliseu ordenou ao rei: “Segure o arco”. E Joás segurou o arco.
Eliseu pôs as mãos sobre as mãos do rei,
17. e disse: “Abra a janela do lado do Oriente”. E o rei abriu a janela.
Eliseu ordenou: “Atire”. E Joás atirou. Eliseu exclamou: “Flecha vitoriosa para
Javé! Flecha vitoriosa contra Aram! Você vencerá Aram em Afec até eliminá-lo”.

18. E continuou: “Pegue as flechas”. Joás pegou as flechas. Eliseu
ordenou ao rei: “Golpeie o chão”. O rei disparou três flechas, e parou.
19. O homem de Deus ficou irritado contra o rei e disse: “Você deveria
ter disparado cinco ou seis flechas! Então você derrotaria Aram até eliminá-lo.
Mas agora, você vencerá Aram somente três vezes!”
20. Eliseu morreu e foi enterrado. Todos os anos, bandos moabitas faziam
incursões no país.
21. Certa vez, alguns homens que estavam enterrando um morto avistaram um
desses bandos. Jogaram o corpo dentro do túmulo de Eliseu e foram embora.
Aconteceu que o corpo, tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se colocou de pé.

22. Hazael, rei de Aram, oprimiu os israelitas durante todo o tempo em
que Joacaz viveu.
23. Javé, porém, teve piedade e se compadeceu deles. Voltou-se para eles,
por causa da aliança que tinha feito com Abraão, Isaac e Jacó, e ainda não quis
destruí-los, nem os afastou de sua presença.
24. Hazael, rei de Aram, morreu. E seu filho Ben-Adad subiu ao trono em
seu lugar.
25. Então Joás, filho de Joacaz, retomou do poder de Ben-Adad, filho de
Hazael, as cidades que Hazael tinha arrebatado de seu pai Joacaz durante a
guerra. Joás venceu três vezes os arameus, e reconquistou as cidades de Israel.

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[II Reis 14]VII. FIM DO REINO DE
ISRAEL

II Reis 14

AMASIAS EM JUDÁ: PROGRESSO NA LEGISLAÇÃO
1. Amasias, filho de Joás, começou a reinar em Judá no segundo ano do rei
Joás, filho de Joacaz, rei de Israel.
2. Ele tinha vinte e cinco anos quando subiu ao trono. E reinou vinte e
nove anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Joaden e era natural de Jerusalém.

3. Fez o que Javé aprova, mas não como seu antepassado Davi. Seguiu em
tudo o seu pai Joás.
4. Todavia, os lugares altos não desapareceram, e o povo continuou a
oferecer sacrifícios e a queimar incenso nos lugares altos.
5. Tendo consolidado o poder em suas mãos, Amasias mandou matar os
oficiais que tinham assassinado o rei, seu pai.
6. Ele, porém, não mandou matar os filhos dos assassinos, respeitando
assim o que está escrito no livro da Lei de Moisés, onde Javé ordena: “Os pais
não serão mortos por causa de seus filhos, nem os filhos serão mortos por causa
dos pais. Cada um morrerá por causa de seu próprio pecado”.
7. Amasias derrotou os edomitas no Vale do Sal, cerca de dez mil homens.
Durante a guerra, conquistou Rocha e mudou o nome dela para Jecetel, nome que se
conserva até hoje.
8. Amasias mandou, então, emissários a Joás, filho de Joacaz e neto de
Jeú, rei de Israel, com esta mensagem: “Venha para me enfrentar”.
9. Joás, rei de Israel, respondeu a Amasias, rei de Judá, com esta
mensagem: “O espinheiro do Líbano mandou dizer para o cedro do Líbano: ‘Dê-me
sua filha como esposa para meu filho’. Mas as feras do Líbano passaram e
pisotearam o espinheiro.
10. Você derrotou Edom e se encheu de orgulho. Celebre sua glória, mas
fique em casa. Por que você quer se meter numa guerra desastrosa, provocando a
sua ruína e a ruína de Judá?”
11. Amasias, porém, não fez caso. Então Joás, rei de Israel, foi
enfrentar Amasias, rei de Judá, em Bet-Sames, que pertence a Judá.
12. E Judá foi derrotado por Israel e cada um fugiu para a sua tenda.
13. Em Bet-Sames, Joás, rei de Israel, prendeu Amasias, filho de Joás e
neto de Ocozias, e o levou para Jerusalém. Fez uma brecha de duzentos metros na
muralha de Jerusalém, desde a porta de Efraim até a porta do Ângulo,
14. e se apoderou do ouro, da prata e de todos os objetos que estavam no
Templo de Javé e no tesouro do palácio real. Além disso, tomou reféns, e voltou
para Samaria.
15. O resto da história de Joás, todas as suas façanhas militares e a
guerra que fez contra Amasias, rei de Judá, tudo está escrito nos Anais dos Reis
de Israel.
16. Joás foi juntar-se a seus antepassados e foi enterrado em Samaria,
com os reis de Israel. E seu filho Jeroboão lhe sucedeu no trono.
17. Amasias, filho de Joás, rei de Judá, viveu ainda quinze anos depois
da morte de Joás, filho de Joacaz, rei de Israel.
18. O resto da história de Amasias está escrito nos Anais dos Reis de
Judá.
19. Ele foi vítima de uma conspiração em Jerusalém e fugiu para Laquis.
Mas foi perseguido até Laquis, e aí o mataram.
20. Transportaram seu corpo a cavalo, e o enterraram em Jerusalém, junto
com seus antepassados, na Cidade de Davi.
21. Todo o povo de Judá escolheu então Ozias, que tinha dezesseis anos, e
o proclamaram rei no lugar de seu pai Amasias.
22. Foi ele que reconstruiu Elat e a reconquistou para Judá, depois que
Amasias morreu.

JEROBOÃO II EM ISRAEL: DESENVOLVIMENTO E PROBLEMAS SOCIAIS
23. Jeroboão, filho de Joás, começou a reinar sobre Israel, em Samaria,
no ano quinze do rei Amasias, filho de Joás, rei de Judá. Ele reinou quarenta e
um anos.
24. Fez o que Javé reprova, e não se afastou de todos os pecados que
Jeroboão, filho de Nabat, tinha feito Israel cometer.
25. Jeroboão restabeleceu as fronteiras de Israel, desde a entrada de
Emat até o mar da Arabá, conforme a palavra de Javé, o Deus de Israel, anunciada
através do seu servo, o profeta Jonas, filho de Amati, natural de Gat-Ofer.
26. De fato, Javé viu que a aflição de Israel era muito amarga, pois não
havia nem escravo nem livre que fosse em socorro de Israel.
27. Como Javé não havia decidido apagar o nome de Israel debaixo do céu,
então o libertou através de Jeroboão, filho de Joás.
28. O resto da história de Jeroboão, do que ele fez, suas façanhas e
guerras, como reconquistou para Israel Damasco e Emat, que tinham pertencido a
Judá, tudo isso está escrito nos Anais dos Reis de Israel.
29. Jeroboão juntou-se a seus antepassados e foi enterrado em Samaria,
junto aos reis de Israel. E seu filho Zacarias lhe sucedeu no trono.

[II Reis 15]II Reis 15

OZIAS EM JUDÁ: UM LONGO REINADO
1. Ozias, filho de Amasias, começou a reinar em Judá no ano vinte e sete
de Jeroboão, rei de Israel.
2. Ele tinha dezesseis anos quando subiu ao trono, e reinou cinqüenta e
dois anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Jequelias e era natural de Jerusalém.

3. Fez o que Javé aprova, como tinha feito seu pai Amasias.
4. Os lugares altos, porém, não desapareceram, e o povo continuou a
oferecer sacrifícios e a queimar incenso nos lugares altos.
5. Contudo, Javé feriu o rei com lepra, que durou até a sua morte. Por
isso ele ficou fechado num quarto, enquanto seu filho Joatão, chefe do palácio,
governava o povo.
6. O resto da história de Ozias, e do que ele fez, tudo está escrito nos
Anais dos Reis de Judá.
7. Ozias morreu e foi enterrado com seus antepassados na Cidade de Davi.
E seu filho Joatão lhe sucedeu no trono.

ZACARIAS EM ISRAEL: COMEÇA A ANARQUIA
8. Zacarias, filho de Jeroboão, começou a reinar sobre Israel, em
Samaria, no ano trinta e oito de Ozias, rei de Judá. Ele reinou seis meses.
9. Fez o que Javé reprova, como seus antepassados, e não se afastou dos
pecados que Jeroboão, filho de Nabat, tinha feito Israel cometer.
10. Selum, filho de Jabes, fez uma conspiração contra Zacarias e o matou
em Jeblaam. E usurpou o trono.
11. O resto da história de Zacarias está escrito nos Anais dos Reis de
Israel.
12. Aconteceu, então, o que Javé tinha dito a Jeú: “Seus filhos se
assentarão no trono de Israel até a quarta geração”.

SELUM EM ISRAEL: O REINADO MAIS BREVE
13. Selum, filho de Jabes, começou a reinar no ano trinta e nove de
Ozias, rei de Judá. Ele reinou um mês em Samaria.
14. Manaém, filho de Gadi, partiu de Tersa, entrou em Samaria, matou
Selum, filho de Jabes, e usurpou o trono.
15. O resto da história de Selum e a conspiração que ele tramou, tudo
está escrito nos Anais dos Reis de Israel.
16. Manaém devastou Tafua e seu território, matando todos os seus
habitantes, porque não lhe haviam aberto as portas quando ele saiu de Tersa.
Manaém arrasou a cidade e rasgou o ventre de todas as mulheres grávidas.

MANAÉM EM ISRAEL: O COMEÇO DO FIM
17. Manaém, filho de Gadi, começou a reinar em Israel no ano trinta e
nove de Ozias, rei de Judá. Ele reinou dez anos em Samaria.
18. Fez o que Javé reprova, e não se afastou dos pecados que Jeroboão,
filho de Nabat, fizera Israel cometer. No seu tempo,
19. Pul, rei da Assíria, invadiu o país. Manaém pagou a Pul trinta e
quatro toneladas de prata, para que Pul o apoiasse e o mantivesse no trono.
20. Manaém requereu essa contribuição de todos os notáveis de Israel, de
cada um cerca de meio quilo de prata, para dar ao rei da Assíria. Então o rei da
Assíria se retirou, dando fim à ocupação do país.
21. O resto da história de Manaém, e do que ele fez, tudo está escrito
nos Anais dos Reis de Israel.
22. Manaém se juntou a seus antepassados. E seu filho Facéias lhe sucedeu
no trono.

FACÉIAS EM ISRAEL: PROTEÇÃO INÚTIL
23. Facéias, filho de Manaém, começou a reinar em Israel no ano cinqüenta
de Ozias, rei de Judá. Ele reinou dois anos em Samaria.
24. Fez o que Javé reprova, e não se afastou dos pecados que Jeroboão,
filho de Nabat, fizera Israel cometer.
25. Seu oficial Facéia, filho de Romelias, conspirou contra ele e o
assassinou na torre do palácio real, em Samaria. Trazendo consigo cinqüenta
homens de Galaad, Facéia matou o rei e usurpou o trono.
26. O resto da história de Facéias está escrito nos Anais dos Reis de
Israel.

FACÉIA EM ISRAEL: O AVANÇO ASSÍRIO
27. Facéia, filho de Romelias, começou a reinar em Israel no ano
cinqüenta e dois de Ozias, rei de Judá. Ele reinou vinte anos em Samaria.
28. Fez o que Javé reprova, e não se afastou dos pecados que Jeroboão,
filho de Nabat, fizera Israel cometer.
29. No tempo de Facéia, rei de Israel, Teglat-Falasar, rei da Assíria, se
apoderou de Aion, Abel-Bet-Maaca, Janoe, Cedes, Hasor, Galaad, Galiléia e toda a
região de Neftali; e deportou seus habitantes para a Assíria.
30. No ano vinte de Joatão, filho de Ozias, Oséias, filho de Ela, fez uma
conspiração contra Facéia, filho de Romelias, o matou e lhe usurpou o poder.
31. O resto da história de Facéia, e do que ele fez, tudo está escrito
nos Anais dos Reis de Israel.

JOATÃO EM JUDÁ: O PREÇO DA NEUTRALIDADE
32. Joatão, filho de Ozias, começou a reinar em Judá no segundo ano de
Facéia, filho de Romelias, rei de Israel.
33. Ele tinha vinte e cinco anos quando subiu ao trono, e reinou
dezesseis anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Jerusa, e era filha de Sadoc.

34. Fez o que Javé aprova e imitou em tudo o comportamento de seu pai
Ozias.
35. Os lugares altos, porém, não desapareceram, e o povo continuou a
oferecer sacrifícios e a queimar incenso nos lugares altos. Foi ele que
construiu a Porta Superior do Templo de Javé.
36. O resto da história de Joatão, e do que ele fez, tudo está escrito
nos Anais dos Reis de Judá.
37. Nesses dias, Javé começou a mandar Rason, rei de Aram, e Facéia,
filho de Romelias, contra Judá.
38. Joatão morreu e foi enterrado com seus antepassados na Cidade de
Davi, seu antepassado. Seu filho Acaz lhe sucedeu no trono.

[II Reis 16]II Reis 16

ACAZ EM JUDÁ: ALIANÇA COM OS PODEROSOS
1. Acaz, filho de Joatão, começou a reinar em Judá no ano dezessete de
Facéia, filho de Romelias.
2. Acaz subiu ao trono com vinte anos, e reinou dezesseis anos em
Jerusalém. Não fez, como seu antepassado Davi, o que Javé seu Deus aprova.
3. Imitou o comportamento dos reis de Israel e chegou até a sacrificar
seu filho no fogo, conforme os costumes abomináveis das nações que Javé tinha
expulsado diante dos israelitas.
4. Ofereceu sacrifícios e queimou incenso nos lugares altos, nas colinas
e debaixo de toda árvore frondosa.
5. Nesse tempo, Rason, rei de Aram, e Facéia, filho de Romelias e rei de
Israel, subiram para atacar Jerusalém. Eles a cercaram, mas não puderam
conquistá-la.
6. Na mesma época, o rei de Edom reconquistou Elat para os edomitas,
expulsando os judaítas que aí moravam. Os edomitas ocuparam Elat e aí se
estabeleceram até o dia de hoje.
7. Então Acaz mandou mensageiros a Teglat-Falasar, rei da Assíria, com
esta mensagem: “Sou seu filho e servo. Venha libertar-me do poder do rei de Aram
e do rei de Israel, que se levantaram contra mim”.
8. Acaz pegou a prata e o ouro que havia no Templo de Javé e nos tesouros
do palácio real, e os enviou como presente para o rei da Assíria.
9. O rei da Assíria atendeu o pedido de Acaz, lutou contra Damasco e se
apoderou dela; deportou seus habitantes para Quir e mandou matar Rason.
10. O rei Acaz foi a Damasco para se apresentar a Teglat-Falasar, rei da
Assíria. Quando viu o altar que havia em Damasco, mandou para o sacerdote Urias
o desenho do altar, com todos os detalhes.
11. Antes que o rei voltasse de Damasco, o sacerdote Urias construiu um
altar, seguindo todas as instruções mandadas pelo rei.
12. Quando o rei Acaz voltou de Damasco, viu o altar, aproximou-se e
subiu até ele.
13. Queimou sobre o altar seu holocausto e suas ofertas, derramou sua
libação e espalhou o sangue de seus sacrifícios de comunhão.
14. Depois mandou tirar da fachada do Templo o antigo altar de bronze,
que estava diante de Javé, isto é, entre o altar novo e o Templo, e o colocou do
lado norte do novo altar.
15. Depois ordenou ao sacerdote Urias: “É sobre o altar grande que você
deverá queimar o holocausto da manhã e a oferta da tarde, o holocausto e a
oferta do rei, assim como o holocausto, a oferta e as libações de todo o povo.
Derrame sobre ele todo o sangue dos holocaustos e dos sacrifícios. Eu me
ocuparei do altar de bronze”.
16. O sacerdote Urias fez tudo o que o rei Acaz havia mandado.
17. O rei Acaz arrancou as armações das bases e tirou as bacias das
bases. Mandou retirar o Mar de bronze que ficava sobre os bois, e o mandou
depositar sobre o piso de pedras.
18. Em consideração ao rei da Assíria, tirou o estrado do trono que
ficava no Templo de Javé e a entrada exterior do rei.
19. O resto da história de Acaz, e do que ele fez, tudo está escrito nos
Anais dos Reis de Judá.
20. Acaz morreu e foi enterrado com seus antepassados na Cidade de Davi.
E seu filho Ezequias lhe sucedeu no trono.

[II Reis 17]II Reis 17

OSÉIAS, O ÚLTIMO REI DE ISRAEL
1. Oséias, filho de Ela, começou a reinar em Israel no ano doze do
reinado de Acaz, rei de Judá. Ele reinou nove anos em Samaria.
2. Fez o que Javé reprova, mas nem tanto como os reis de Israel que
vieram antes dele.
3. Salmanasar, rei da Assíria, atacou Oséias, e este teve que se submeter
e pagar tributo.
4. Mas o rei da Assíria descobriu que Oséias o traía. De fato, Oséias
tinha enviado mensageiros até Sô, rei do Egito. E também não pagava mais tributo
ao rei da Assíria, como fazia todos os anos. Então o rei da Assíria o prendeu e
mandou acorrentar na prisão.
5. Em seguida, o rei da Assíria invadiu todo o país e cercou Samaria
durante três anos.
6. No ano nove do reinado de Oséias, o rei da Assíria tomou Samaria e
deportou os israelitas para a Assíria. Os israelitas foram levados para Hala,
para as margens do Habor, rio de Gozã, e também para as cidades da Média.

POR QUE O REINO DE ISRAEL DESAPARECEU?
7. Tudo isso aconteceu porque os israelitas pecaram contra Javé seu Deus,
que os havia tirado da terra do Egito e libertado da opressão do Faraó, rei do
Egito. Eles adoraram outros deuses,
8. e seguiram os costumes das nações que Javé havia expulsado diante
deles.
9. Os israelitas fizeram contra Javé seu Deus coisas que não deveriam ter
feito: construíram para si lugares altos em todas as suas cidades, tanto nas
torres de vigia como nas cidades fortificadas;
10. levantaram para si estelas e postes sagrados sobre todas as colinas
altas e debaixo de toda árvore frondosa;
11. queimaram incenso em todos os lugares altos, como faziam as nações
que Javé havia expulsado diante deles; cometeram ações más, provocando a ira de
Javé;
12. adoraram os ídolos, embora Javé tivesse dito: “Não façam isso”.
13. Javé tinha advertido Israel e Judá, por meio de todos os profetas e
videntes, dizendo: “Convertam-se do seu mau comportamento, e obedeçam aos meus
mandamentos e estatutos, de acordo com toda a Lei que dei a seus antepassados e
que lhes transmiti através de meus servos, os profetas”.
14. Eles, porém, não obedeceram e foram mais teimosos ainda que seus
antepassados, que não tinham acreditado em Javé seu Deus.
15. Desprezaram os estatutos dele e a aliança que ele havia feito com
seus antepassados, bem como as advertências que lhes havia feito. Correram atrás
de ídolos vazios, e se esvaziaram, imitando as nações vizinhas, coisa que Javé
lhes tinha proibido.
16. Rejeitaram todos os mandamentos de Javé seu Deus; fabricaram ídolos
de metal fundido, os dois bezerros de ouro; fizeram um poste sagrado; adoraram
todo o exército do céu e prestaram culto a Baal.
17. Sacrificaram no fogo seus filhos e filhas, praticaram a adivinhação e
a magia, e se venderam para praticar o mal diante de Javé, provocando a ira
dele.
18. Então Javé ficou irritado contra Israel, e o atirou para longe de si.
Restou apenas a tribo de Judá.
19. Também Judá não obedeceu aos mandamentos de Javé seu Deus, mas imitou
o comportamento de Israel.
20. Por isso, Javé rejeitou toda a descendência de Israel. Ele a humilhou
e a entregou aos saqueadores e, por fim, atirou-a para longe de si.
21. Quando Javé separou Israel da casa de Davi, Israel proclamou rei a
Jeroboão, filho de Nabat. E Jeroboão afastou Israel de Javé e o levou a cometer
um grande pecado.
22. Os israelitas imitaram o pecado que Jeroboão tinha cometido, e não se
afastaram dele.
23. Finalmente, Javé afastou Israel da sua presença, conforme havia
anunciado por meio de seus servos, os profetas. Exilou os israelitas de sua
terra para a Assíria, onde até hoje se encontram.

ORIGEM DOS SAMARITANOS
24. O rei da Assíria mandou vir gente de Babilônia, de Cuta, Ava, Emat e
Sefarvaim, e os estabeleceu nas cidades de Samaria, em lugar dos israelitas.
Tomaram posse de Samaria e se instalaram em suas cidades.
25. Quando começaram a se instalar no território, não temiam a Javé, e
este mandou leões que os matavam.
26. Eles então comunicaram ao rei da Assíria: “As pessoas que o senhor
mandou para morar nas cidades de Samaria não conhecem o ritual do Deus da terra,
e ele mandou leões contra essas pessoas. Os leões então as matam, porque elas
não conhecem o ritual do Deus da terra”.
27. Então o rei da Assíria ordenou: “Mandem para lá um dos sacerdotes
deportados de Samaria, para que fique morando aí, e ensine para as pessoas o
ritual do Deus da terra”.
28. Então um dos sacerdotes que tinham sido deportados de Samaria foi, e
se fixou em Betel. Ele ensinou às pessoas como prestar culto a Javé.
29. Cada grupo, porém, foi fabricando seus próprios deuses, e colocou-os
nos templos dos lugares altos que os samaritanos tinham feito. Cada grupo fez
isso nas cidades em que morava.
30. Os babilônios fizeram uma estátua de Sucot-Benot; os de Cuta, uma de
Nergel; os de Emat, uma de Asima;
31. os de Ava, uma de Nebaaz e uma de Tartac; os de Sefarvaim queimavam
seus filhos em honra de Adramelec e de Anamelec, deuses de Sefarvaim.
32. Também prestavam culto a Javé. Nomearam, como sacerdotes, pessoas
comuns, para que servissem nos templos dos lugares altos.
33. Temiam a Javé e também adoravam seus deuses, conforme o costume das
nações de onde tinham sido exilados.
34. Ainda hoje seguem seus ritos antigos. Não temem a Javé, nem praticam
seus estatutos e normas, nem a lei e os mandamentos que Javé ordenou aos filhos
de Jacó, a quem tinha dado o nome de Israel.
35. Javé tinha feito uma aliança com eles e ordenara: “Não adorem outros
deuses, não se prostrem diante deles, não os cultuem e não lhes ofereçam
sacrifícios.
36. Vocês devem cultuar, adorar e oferecer sacrifícios somente a Javé,
que os tirou do Egito, com grande força e braço estendido.
37. Observem os estatutos e normas, a lei e os mandamentos que Javé deu a
vocês por escrito. Cuidem sempre de os colocar em prática. Não prestem culto a
outros deuses.
38. Não esqueçam a aliança que fiz com vocês, e não prestem culto a
outros deuses.
39. Temam somente a Javé seu Deus, e ele os libertará de todos os seus
inimigos”.
40. Eles, porém, não obedeceram e continuaram a viver conforme o costume
antigo.
41. Desse modo, esses grupos adoravam a Javé e, ao mesmo tempo, prestavam
culto a seus próprios ídolos. Seus filhos e netos continuaram fazendo até hoje o
que seus antepassados haviam feito.

[II Reis 18]VIII. FIM DO REINO DE
JUDÁ

II Reis 18

EZEQUIAS EM JUDÁ: REFORMA POLÍTICO-RELIGIOSA
1. Ezequias, filho de Acaz, começou a reinar em Judá no terceiro ano do
rei Oséias, filho de Ela, rei de Israel.
2. Ele tinha vinte e cinco anos quando subiu ao trono, e reinou vinte e
nove anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Abia, e era filha de Zacarias.
3. Ezequias fez o que Javé aprova, seguindo em tudo o seu antepassado
Davi.
4. Ele acabou com os lugares altos, quebrou as estelas e derrubou os
postes sagrados. Despedaçou também a serpente de bronze que Moisés havia feito,
porque os israelitas ainda queimavam incenso diante dela. Eles a chamavam de
Noestã.
5. Ezequias pôs sua confiança em Javé, o Deus de Israel. Tanto antes como
depois não existiu nenhum rei em Judá que pudesse ser comparado a ele.
6. Permaneceu fiel a Javé e nunca se afastou dele, observando os
mandamentos que Javé tinha ordenado a Moisés.
7. Javé esteve com ele. Por isso, ele teve êxito em tudo o que fez. Ele
se revoltou contra o rei da Assíria e não lhe ficou submisso.
8. Derrotou os filisteus até Gaza, devastando o território deles, tanto
as torres de vigia como as cidades fortificadas.

QUEDA DE SAMARIA
9. No quarto ano do reinado de Ezequias e sétimo de Oséias, filho de Ela,
rei de Israel, Salmanasar, rei da Assíria, atacou e cercou Samaria.
10. Após três anos, tomou a cidade. Samaria foi conquistada no sexto ano
de Ezequias e nono ano de Oséias, rei de Israel.
11. O rei da Assíria deportou os israelitas para a Assíria e os levou
para Hala, para as margens do Habor, rio de Gozã, e para as cidades da Média.

12. Isso porque os israelitas não obedeceram a Javé seu Deus e
transgrediram sua aliança: eles não ouviram nem praticaram tudo o que Moisés,
servo de Javé, lhes havia ordenado.

REFORMA INTERROMPIDA
13. No ano catorze do reinado de Ezequias, Senaquerib, rei da Assíria,
atacou todas as cidades fortificadas de Judá e se apossou delas.
14. Então Ezequias, rei de Judá, mandou esta mensagem ao rei da Assíria,
que estava em Laquis: “Cometi um erro. Não me ataque. Eu aceitarei as condições
que você me impuser”. O rei da Assíria exigiu que Ezequias, rei de Judá, pagasse
uma taxa de dez toneladas de prata e mil quilos de ouro.
15. Então Ezequias entregou toda a prata que havia no Templo de Javé e no
tesouro do palácio real.
16. Mandou também tirar o ouro com que Ozias, rei de Judá, havia
revestido as portas e os batentes do santuário de Javé, e o entregou ao rei da
Assíria.

UM DESAFIO A JAVÉ
17. De Laquis, o rei da Assíria mandou o chefe do exército, o chefe dos
funcionários e o chefe dos copeiros, para que fossem, com forte destacamento,
até Jerusalém, até o rei Ezequias. Eles chegaram a Jerusalém e passaram perto do
canal que leva água para o reservatório superior, no caminho do Campo do
Pisoeiro.
18. Chamaram o rei. Então saíram ao encontro deles Eliacim, filho de
Helcias, administrador do palácio, o escrivão Sobna e o secretário Joaé, filho
de Asaf.
19. O chefe dos copeiros então lhes falou: “Digam a Ezequias: Assim fala
o grande rei, o rei da Assíria: Onde está o fundamento da sua confiança?
20. Você está pensando que estratégia e valentia militares são questão de
palavras! Em quem você está se apoiando para resistir diante de mim?
21. Você confia no Egito, nesse bambu rachado que penetra e fura a mão de
quem nele se apóia! O Faraó, rei do Egito, é isso para quem nele confia.
22. Talvez você responda: ‘Nós colocamos nossa confiança em Javé, o nosso
Deus’. Mas não foi você mesmo, Ezequias, quem destruiu os lugares altos e os
altares de Javé, dizendo ao povo de Judá e de Jerusalém: ‘Somente diante do
altar que está em Jerusalém é que vocês devem adorar’?
23. Pois bem! Faça uma aposta com o meu senhor, o rei da Assíria: eu lhe
darei dois mil cavalos, se você encontrar cavaleiros para montá-los!
24. Como é que você vai conseguir derrotar um só dos menores servos do
meu senhor? Você colocou sua confiança no Egito para ter carros e cavaleiros!

25. Você pensa que foi sem o consentimento de Javé que eu ataquei esse
lugar para o destruir? Foi Javé quem me mandou atacar e devastar esse país!”
26. Eliacim, filho de Helcias, Sobna e Joaé pediram ao chefe dos
copeiros: “Fale com os seus servos em aramaico, que nós entendemos. Não fale em
hebraico, diante do povo que está nas muralhas”.
27. O chefe dos copeiros então respondeu: “Não foi ao seu rei e a você
que o meu senhor mandou dizer essas coisas. Foi primeiro ao povo que está nas
muralhas. Ele está condenado, como vocês, a comer as próprias fezes e a beber a
própria urina!”
28. Então o chefe dos copeiros gritou alto, em hebraico: “Escutem a
palavra do grande rei, o rei da Assíria:
29. Assim fala o rei: Não deixem Ezequias enganá-los, pois ele não poderá
livrar vocês de mim.
30. Que Ezequias não leve vocês a confiar em Javé, dizendo que Javé
salvará vocês e que esta cidade não cairá em poder do rei da Assíria.
31. Não dêem ouvidos a Ezequias. Porque assim fala o rei da Assíria:
Façam as pazes comigo, rendam-se, e cada um poderá comer o fruto da sua vinha e
da sua figueira, e beber água do próprio poço,
32. até que eu venha e leve vocês para uma terra boa como esta, terra que
produz trigo e vinho, terra de pão e videiras, terra de azeite e mel. Assim
vocês viverão, e não vão morrer. Não dêem ouvidos a Ezequias, pois ele está
iludindo vocês, dizendo que Javé os salvará.
33. Por acaso os deuses das nações puderam livrar seus países do poder do
rei da Assíria?
34. Onde estão os deuses de Emat e de Arfad? Onde estão os deuses de
Sefarvaim? Por acaso eles livraram Samaria do meu poder?
35. De todos os deuses das nações, quem foi que livrou seu país do meu
poder, para que Javé possa salvar Jerusalém?”
36. Eles ficaram quietos e não responderam nada, pois o rei tinha
ordenado que não dessem nenhuma resposta.
37. Eliacim, filho de Helcias, administrador do palácio, com o escrivão
Sobna e o secretário Joaé, filho de Asaf, foram até o rei Ezequias com as roupas
rasgadas, e lhe comunicaram as palavras do chefe dos copeiros.

[II Reis 19]II Reis 19

1. Ao ouvir a comunicação, o rei Ezequias rasgou a roupa, vestiu-se com
pano de saco, e foi ao Templo de Javé.
2. Mandou o administrador do palácio Eliacim, com o escrivão Sobna e os
anciãos dos sacerdotes, todos vestidos com panos de saco, ao profeta Isaías,
filho de Amós.
3. Eles disseram a Isaías: “Assim fala Ezequias: Hoje é dia de angústia,
castigo e humilhação. Os filhos estão para nascer, e não há força para dar à
luz.
4. Tomara que Javé, seu Deus, tenha ouvido todas as palavras do chefe dos
copeiros, que o rei da Assíria, senhor dele, mandou dizer para insultar o Deus
vivo. Tomara que Javé, seu Deus, dê o castigo merecido pelas palavras que ele
ouviu. Faça uma prece pelo resto que ainda sobrevive”.
5. Os ministros do rei Ezequias se apresentaram a Isaías,
6. e este respondeu-lhes: “Digam ao senhor de vocês: Assim fala Javé: Não
fique com medo das palavras que ouviu, das blasfêmias que os servos do rei da
Assíria lançaram contra mim.
7. Vou mandar para ele um espírito. Ao ouvir um boato, ele voltará para
seu país, e aí mesmo eu o farei morrer pela espada”.

VITÓRIA DE JAVÉ
8. O chefe dos copeiros voltou e encontrou o rei da Assíria guerreando
contra Lebna. É que o chefe dos copeiros tinha ouvido dizer que o rei se
retirara de Laquis,
9. ao receber a notícia de que Taraca, rei da Etiópia, tinha partido para
guerrear contra ele. Senaquerib mandou outros mensageiros a Ezequias,
comunicando:
10. “Falem assim a Ezequias, rei de Judá: Que o Deus em que você confia
não o engane, dizendo que Jerusalém não cairá em poder do rei da Assíria.
11. Você mesmo ouviu dizer o que os reis da Assíria fizeram a todas as
nações, destruindo-as completamente. Como você poderia escapar?
12. Por acaso, os deuses deles libertaram as nações que meus antepassados
devastaram? Gozã, Aram, Resef, e os edenitas que moravam em Telbasar?
13. Onde estão os deuses de Emat, o rei de Arfad, o rei de Lair, de
Sefarvaim, de Ana e de Ava?”
14. Ezequias pegou a carta da mão dos mensageiros e a leu. Depois subiu
ao Templo, abriu a carta diante de Javé,
15. e rezou: “Javé, Deus de Israel, que te assentas sobre os querubins.
Tu és o único Deus de todos os reinos do mundo. Tu fizeste o céu e a terra.
16. Inclina teu ouvido, Javé, e escuta! Abre teus olhos, Javé, e olha!
Ouve as palavras de Senaquerib, que mandou mensageiros para insultar o Deus
vivo!
17. É verdade, Javé: os reis da Assíria devastaram todos os países e seus
territórios.
18. Queimaram todos os seus deuses, porque não são deuses, mas obras de
mãos humanas. São madeira e pedra, e por isso eles conseguiram destruí-los.
19. Agora, Javé nosso Deus, salva-nos da mão deles, para que todos os
reinos do mundo saibam que só tu, Javé, és Deus”.
20. Então Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: “Assim diz
Javé, o Deus de Israel: Escutei o que você me pediu a respeito de Senaquerib,
rei da Assíria.
21. Eis o oráculo que Javé pronuncia contra ele: A virgem capital de Sião
despreza e caçoa de você. A cidade de Jerusalém balança a cabeça atrás de você.

22. A quem você insultou e blasfemou? Contra quem você ergueu a voz e
olhou com desprezo? Contra o Santo de Israel!
23. Você insultou o Senhor por meio de seus mensageiros, dizendo: ‘Com
meus numerosos carros subi até o alto dos montes e ao topo do Líbano. Cortei
seus cedros mais altos e seus mais belos ciprestes. Cheguei ao seu ponto mais
alto e ao seu bosque mais fechado.
24. Cavei e bebi as águas estrangeiras e, com a planta de meus pés,
sequei todos os rios do Egito’.
25. Por acaso, você não ouviu nada? Eu decidi isso há muito tempo.
Preparei tudo isso em tempos distantes, e agora vou realizar. Sua missão foi
reduzir cidades fortificadas a um montão de ruínas.
26. E os habitantes delas, já sem forças, com a vergonha da derrota,
ficaram como a erva do campo, como a grama verdejante; ficaram como o capim do
telhado, queimado pelo vento leste.
27. Eu sei quando você se levanta e se assenta, quando você entra e
quando sai.
28. Porque você se agita contra mim, e seu atrevimento chega aos meus
ouvidos, eu vou colocar a minha argola em suas narinas e o meu freio na sua
boca. Vou fazer você voltar pelo mesmo caminho por onde veio.
29. Isto será o sinal para você, Ezequias: Neste ano, vocês comerão do
que nascer sem plantar. No ano que vem, do que brotar sem semear. Mas, no
terceiro ano, vocês semearão e colherão, plantarão vinhas e comerão seus frutos.

30. O resto da casa de Judá que sobreviver, produzirá novas raízes
embaixo e novos frutos em cima.
31. Porque de Jerusalém sairá um resto, e do monte Sião os sobreviventes.
O zelo de Javé dos exércitos fará tudo isso.
32. Portanto, assim diz Javé sobre o rei da Assíria: Ele não entrará
nesta cidade, nem lançará nenhuma flecha nela. Não se aproximará com o escudo,
nem levantará aterro contra ela.
33. Ele voltará por onde veio, e não entrará nesta cidade, oráculo de
Javé.
34. Eu protegerei esta cidade e a salvarei, pela minha honra e pela honra
do meu servo Davi”.
35. Nessa mesma noite, o anjo de Javé saiu e feriu cento e oitenta e
cinco mil homens no acampamento assírio. De manhã, ao despertar, só havia
cadáveres.
36. Senaquerib, rei da Assíria, levantou o acampamento e partiu. Voltou
para Nínive e aí ficou.
37. Certo dia, ele estava fazendo adoração no templo de Nesroc, seu deus.
E seus filhos Adramelec e Sarasar o mataram à espada e fugiram para o país de
Ararat. Seu filho Asaradon reinou em seu lugar.

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[II Reis 20]II Reis 20

O SINAL CONFIRMA A PALAVRA
1. Nessa ocasião, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal. O profeta
Isaías, filho de Amós, foi visitá-lo. E lhe disse: “Assim diz Javé: Ponha em
ordem a sua casa, porque você vai morrer, não vai escapar”.
2. Então Ezequias virou o rosto para a parede e fez esta prece a Javé:

3. “Ah! Javé! Não te esqueças: eu procurei sempre andar na tua presença
com toda a fidelidade e de coração limpo. Eu procurei fazer sempre o que era bom
aos teus olhos”. E Ezequias começou a chorar convulsivamente.
4. Isaías ainda não tinha deixado o pátio interno, quando recebeu a
palavra de Javé:
5. “Vá falar a Ezequias, chefe do meu povo: Assim diz Javé, o Deus de seu
antepassado Davi: escutei a sua oração, e vi as suas lágrimas. Vou curar você e,
em três dias, você subirá ao Templo de Javé.
6. Eu vou aumentar em quinze anos a duração de sua vida, e vou livrá-lo
das mãos do rei da Assíria, a você e a esta cidade. Vou proteger esta cidade
pela honra do meu Nome e pela honra do meu servo Davi”.
7. Isaías ordenou: “Tragam aqui um pão de figos”. Pegaram um pão e o
colocaram sobre a ferida, e o rei recuperou a saúde.
8. Ezequias perguntou: “Qual é o sinal de que Javé vai me curar, e de que
subirei ao Templo de Javé dentro de três dias?”
9. Isaías respondeu: “O sinal de que Javé vai cumprir o que prometeu, é
este: Você quer que a sombra avance ou volte para trás dez degraus?”
10. Ezequias disse: “Avançar dez degraus é fácil para a sombra. Quero que
ela recue dez degraus”.
11. O profeta Isaías invocou Javé, e este fez a sombra recuar dez degraus
que o sol já havia descido, os degraus do quarto superior de Acaz, dez degraus
para trás.

CONFIANÇA DESASTROSA
12. Nessa ocasião, o rei da Babilônia, Merodac-Baladã, filho de Baladã,
mandou cartas e um presente a Ezequias, pois tinha recebido notícia de sua
enfermidade e convalescença.
13. Ezequias ficou muito satisfeito com isso e mostrou toda a sua riqueza
aos embaixadores: a prata, o ouro, os perfumes, o óleo fino, como também toda a
casa de armas; enfim, tudo o que havia nos seus depósitos. Ezequias não deixou
nada sem mostrar de tudo o que havia no seu palácio e dependências.
14. O profeta Isaías foi procurar o rei Ezequias e lhe perguntou: “O que
disseram esses indivíduos? De onde vieram eles?” Ezequias respondeu: “Eles
vieram de um país muito distante. Vieram da Babilônia”.
15. Isaías perguntou: “O que é que eles viram no seu palácio?” Ezequias
respondeu: “Eles viram tudo o que existe no meu palácio. Não há nada do meu
tesouro que eu não lhes tenha mostrado”.
16. Isaías disse, então, a Ezequias: “Escute a palavra de Javé:
17. Chegará o dia em que a Babilônia levará tudo o que existe no seu
palácio, tudo o que seus antepassados foram ajuntando até o dia de hoje. Não vai
sobrar nada diz Javé.
18. Alguns filhos que saíram de você, que você gerou, serão levados para
que sirvam como eunucos no palácio do rei da Babilônia”.
19. Ezequias disse a Isaías: “A palavra de Javé que você me transmite é
de felicidade”. Pois ele pensava assim: “Pelo menos durante a minha vida, haverá
paz e segurança”.
20. O resto da história de Ezequias, e do que ele fez, e como construiu o
reservatório e o aqueduto para levar água à cidade, tudo está escrito nos Anais
dos Reis de Judá.
21. Ezequias morreu e foi enterrado. E seu filho Manassés lhe sucedeu no
trono.

[II Reis 21]II Reis 21

MANASSÉS EM JUDÁ: TEMPO DE OPRESSÃO
1. Manassés tinha doze anos quando subiu ao trono, e reinou cinqüenta e
cinco anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Hafsiba.
2. Fez o que Javé reprova, imitando as abominações das nações que Javé
havia expulsado diante dos israelitas.
3. Reconstruiu os lugares altos que seu pai Ezequias havia destruído;
ergueu altares para Baal e levantou um poste sagrado, como havia feito Acab, rei
de Israel; prostrou-se diante de todo o exército do céu, que ele adorou;
4. construiu altares pagãos no Templo de Javé, a respeito do qual Javé
havia dito: “Em Jerusalém colocarei o meu Nome”;
5. ergueu também altares para todo o exército do céu nos dois pátios do
Templo de Javé;
6. sacrificou seu filho no fogo; praticou adivinhação e magia,
estabelecendo necromantes e adivinhos. E multiplicando as ações que Javé
reprova, ele provocou a sua ira.
7. Fez e colocou o ídolo Aserá no Templo de Javé, do qual Javé havia dito
a Davi e seu filho Salomão: “Colocarei o meu Nome para sempre neste Templo e em
Jerusalém, que eu escolhi entre todas as tribos de Israel.
8. Não deixarei mais que os pés de Israel se tornem errantes, longe da
terra que dei a seus antepassados, contanto que eles procurem agir conforme tudo
o que lhe mandei, conforme a Lei que o meu servo Moisés ordenou para eles”.
9. Mas eles não obedeceram, pois Manassés os corrompeu, a ponto de eles
praticarem um mal ainda maior que as nações que Javé havia expulsado diante dos
israelitas.
10. Então Javé falou através de seus servos, os profetas:
11. “Porque Manassés, rei de Judá, cometeu essas abominações; porque ele
praticou o mal, ainda mais do que haviam feito antes dele os amorreus; e porque
fez Judá pecar com seus ídolos.
12. Por isso, assim diz Javé, o Deus de Israel: Eu mandarei sobre
Jerusalém e Judá uma desgraça tão grande que fará doer os dois ouvidos de quem
ouvir falar dela.
13. Vou estender sobre Jerusalém o mesmo cordel que passei sobre Samaria,
e o mesmo nível que usei para a família de Acab. Limparei Jerusalém, como se
limpa um prato por dentro e por fora.
14. Abandonarei o resto da minha herança e os entregarei em poder de seus
inimigos e se tornarão presa e despojo de todos os seus inimigos,
15. porque fizeram o que eu reprovo, e provocaram a minha ira, desde o
dia em que seus antepassados saíram do Egito até hoje”.
16. Manassés também derramou sangue inocente, a ponto de inundar
Jerusalém toda. Isso sem contar os pecados que ele fez Judá cometer, praticando
o que Javé reprova.
17. O resto da história de Manassés, o que ele fez e os pecados que
cometeu, tudo está escrito nos Anais dos Reis de Judá.
18. Manassés reuniu-se com seus antepassados e foi enterrado no jardim do
palácio, o jardim de Oza. E seu filho Amon lhe sucedeu no trono.

AMON EM JUDÁ: GOLPE DE ESTADO E REVOLTA DOS CAMPONESES
19. Amon tinha vinte e dois anos quando subiu ao trono, e reinou dois
anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Mesalemet; era filha de Harus e natural de
Jeteba.
20. Amon fez o que Javé reprova, como seu pai Manassés.
21. Imitou em tudo o comportamento de seu pai: adorou os ídolos que seu
pai havia adorado e se prostrou diante deles.
22. Abandonou Javé, Deus de seus antepassados, e não seguiu o caminho de
Javé.
23. Os oficiais de Amon fizeram uma conspiração contra ele, e o mataram
dentro do palácio.
24. O povo da terra, porém, matou todos os que tinham conspirado contra o
rei Amon e, em seu lugar, proclamou seu filho Josias como rei.
25. O resto da história de Amon, e o que ele fez, tudo está escrito nos
Anais dos Reis de Judá.
26. Ele foi sepultado no túmulo de seu pai, no jardim de Oza. E seu filho
Josias lhe sucedeu no trono.

[II Reis 22]II Reis 22

JOSIAS: A REFORMA E O LIVRO
1. Josias tinha oito anos quando subiu ao trono. E reinou trinta e um
anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Idida; era filha de Hadaia e natural de
Besecat.
2. Josias fez o que Javé aprova e seguiu em tudo o comportamento de seu
antepassado Davi, sem se desviar, nem para a direita, nem para a esquerda.
3. No ano dezoito do seu reinado, o rei Josias mandou o secretário Safã,
filho de Aslias, neto de Mesolam, ao Templo de Javé, com esta ordem:
4. “Vá encontrar-se com o sumo sacerdote Helcias, e diga-lhe que deixe
preparado o dinheiro oferecido ao Templo de Javé e que os guardas da porta
recolhem do povo.
5. Diga-lhe para entregar o dinheiro aos mestres de obras encarregados do
Templo de Javé, a fim de que estes o distribuam aos operários que trabalham nas
reformas do Templo de Javé:
6. aos carpinteiros, construtores e pedreiros. Que eles usem o dinheiro
para comprar madeiras e pedras talhadas para a reforma do Templo.
7. Não será necessário pedir contas do dinheiro entregue a eles, porque
são honestos”. O sumo sacerdote Helcias informou o secretário Safã: “Achei o
livro da Lei no Templo de Javé!” Entregou o livro a Safã, que o leu.
9. O secretário Safã foi falar com o rei: “Seus servos juntaram o
dinheiro que havia no Templo e o entregaram aos mestres de obras do Templo de
Javé”.
10. Em seguida, contou ao rei que o sacerdote Helcias lhe havia dado um
livro. E Safã leu o livro diante do rei.

SERÁ QUE O LIVRO É AUTÊNTICO?
11. Ao tomar conhecimento sobre o conteúdo do livro da Lei, o rei rasgou
a roupa,
12. e deu esta ordem para o sacerdote Helcias, para Aicam, filho de Safã,
para Acobor, filho de Micas, para o secretário Safã e para o ministro Asaías:

13. “Vão consultar Javé por mim e pelo povo, a respeito do conteúdo desse
livro que foi encontrado. A ira de Javé deve ser grande contra nós, porque
nossos antepassados não obedeceram às palavras desse livro, e não praticaram
tudo o que nele está escrito”.
14. O sacerdote Helcias, Aicam, Acobor, Safã e Asaías foram encontrar-se
com a profetisa Hulda, mulher do guarda dos vestiários, de nome Selum, filho de
Tícua e neto de Haraas. Ela morava em Jerusalém, no Bairro Novo. Expuseram para
ela o caso,
15. e ela respondeu: “Assim diz Javé, o Deus de Israel. Digam a quem
enviou vocês a mim:
16. Assim diz Javé, Deus de Israel: ‘Vou fazer cair uma desgraça sobre
este lugar e sobre seus habitantes. Vou enviar todas as maldições que estão
nesse livro, que o rei de Judá leu.
17. Eles me abandonaram e queimaram incenso a outros deuses, e me
irritaram com toda a obra de suas mãos. Por isso, minha ira se inflamou contra
este lugar, e não se apagará’.
18. E ao rei de Judá, que os enviou para consultar Javé, vocês dirão:
‘Assim diz Javé, o Deus de Israel: Porque, ouvindo a leitura do livro,
19. você se comoveu de coração e se humilhou diante de Javé; porque você
escutou as palavras que pronunciei contra este lugar e seus habitantes, que
serão objeto de espanto e maldição; porque você rasgou a roupa e chorou na minha
frente, eu também ouvi você – oráculo de Javé.
20. Por isso eu o reunirei a seus antepassados. Você vai ser enterrado em
paz na sua sepultura, e os seus olhos não verão todos os males que vou enviar
sobre este lugar’.” Então eles foram levar ao rei a resposta da profetisa.

[II Reis 23]II Reis 23

O DEUTERONÔMIO SE TORNA LEI DE ESTADO
1. O rei convocou todos os anciãos de Judá e Jerusalém para uma reunião.

2. Depois subiu para o Templo de Javé com todos os homens de Judá e todos
os habitantes de Jerusalém: sacerdotes, profetas e todo o povo, adultos e
crianças. Leu para eles as palavras do Livro da Aliança encontrado no Templo de
Javé.
3. De pé, sobre o estrado, o rei concluiu, diante de Javé, a aliança para
seguir a Javé, obedecendo a seus mandamentos, testemunhos e estatutos, com todo
o coração e com toda a alma, cumprindo todas as palavras dessa aliança, escritas
nesse livro. E todo o povo aderiu à aliança.

REFAZENDO A IDENTIDADE DO POVO
4. O rei ordenou ao sumo sacerdote Helcias, aos sacerdotes de segunda
ordem e aos guardas da porta, que tirassem do santuário de Javé todos os objetos
feitos para o culto de Baal, do ídolo Aserá e de todo o exército do céu. Os
objetos foram queimados fora de Jerusalém, nos campos do Cedron, e suas cinzas
foram levadas para Betel.
5. Depois ele destituiu os falsos sacerdotes que os reis de Judá haviam
estabelecido para queimar incenso nos lugares altos das cidades de Judá e
arredores de Jerusalém. Destituiu também aqueles que queimavam incenso para
Baal, para o sol, para a lua, para as constelações e para todo o exército do
céu.
6. Retirou do Templo de Javé o ídolo Aserá, levando-o para fora de
Jerusalém, para o riacho do Cedron. Queimou o ídolo junto ao riacho do Cedron, e
o reduziu a cinzas, que foram jogadas na vala comum.
7. Destruiu as casas de prostituição sagrada que havia no Templo de Javé,
onde as mulheres teciam vestes para Aserá.
8. Mandou vir todos os sacerdotes das cidades de Judá e profanou os
lugares altos onde esses sacerdotes haviam queimado incenso, desde Gaba até
Bersabéia. Destruiu o lugar alto da porta, que ficava na entrada da porta de
Josué, governador da cidade, à esquerda de quem entra pela porta da cidade.
9. Os sacerdotes dos lugares altos foram proibidos de subir ao altar de
Javé em Jerusalém, mas podiam comer os pães sem fermento no meio de seus irmãos.

10. Josias profanou o Tofet que existia no vale de Ben-Enom, para que
ninguém sacrificasse no fogo seu filho ou filha em honra do deus Moloc.
11. Eliminou os cavalos que os reis de Judá haviam instalado em honra do
sol, na entrada do Templo de Javé, perto do aposento do funcionário Natã Melec,
que ficava nas dependências. Queimou também os carros do sol.
12. O rei destruiu os altares que estavam no terraço do aposento superior
de Acaz e que tinham sido construídos pelos reis de Judá, e também os altares
que Manassés tinha mandado fazer nos dois pátios do Templo de Javé; retirou-os
daí e mandou jogar as cinzas no riacho do Cedron.
13. O rei profanou os lugares altos que ficavam na frente de Jerusalém,
ao sul do monte da Perdição, lugares que Salomão, rei de Israel, tinha
construído em honra de Astarte, abominação dos sidônios, em honra de Camos,
abominação dos moabitas, e em honra de Melcom, abominação dos amonitas.
14. Quebrou as estelas, derrubou os postes sagrados e encheu o lugar com
ossos humanos.

PROCURANDO REUNIFICAR O POVO
15. Josias destruiu também o altar que estava em Betel, lugar alto que
Jeroboão, filho de Nabat, havia construído e com o qual havia arrastado Israel
ao pecado. Destruiu esse lugar alto, quebrou suas pedras, reduzindo-as a pó, e
queimou o poste sagrado.
16. Josias voltou-se e viu os túmulos que estavam na montanha. Então
mandou recolher os ossos daqueles túmulos e os queimou sobre o altar. Desse
modo, profanou o altar, cumprindo a palavra de Javé, que o homem de Deus havia
anunciado quando Jeroboão, durante a festa, estava junto ao altar. Ao se voltar,
Josias levantou os olhos para o túmulo do homem de Deus que havia anunciado
essas coisas,
17. e perguntou: “De quem é esse túmulo?” Os homens da cidade
responderam: “É o túmulo do homem de Deus, que veio de Judá, e anunciou o que
você acaba de fazer com o altar de Betel”.
18. Então o rei disse: “Deixem o homem de Deus em paz. Que ninguém toque
em seus ossos”. Deixaram, assim, os ossos do homem de Deus em paz, bem como os
ossos do profeta que tinha vindo da Samaria.
19. Josias fez desaparecer também todos os templos dos lugares altos, que
havia na cidade de Samaria. Esses templos tinham sido construídos pelos reis de
Israel para irritar a Javé. Josias fez com eles o mesmo que já havia feito em
Betel.
20. Josias imolou, sobre os altares, todos os sacerdotes dos lugares
altos que aí se encontravam; e, por cima deles, queimou ossos humanos. Depois
voltou para Jerusalém.

REVIVENDO O IDEAL DE UMA NOVA SOCIEDADE
21. O rei ordenou a todo o povo: “Celebrem a Páscoa em honra de Javé,
Deus de vocês, conforme está ordenado neste Livro da Aliança”.
22. Nunca tinha sido celebrada uma Páscoa como essa, desde o tempo em que
os juízes governavam Israel, nem durante todo o tempo dos reis de Israel e de
Judá.
23. Foi somente no ano dezoito do rei Josias que tal Páscoa foi celebrada
em honra de Javé, em Jerusalém.

JOSIAS: O REI JUSTO
24. Josias eliminou também os necromantes, os adivinhos, os deuses
domésticos, os ídolos e todas as abominações que se viam no país de Judá e em
Jerusalém, para cumprir as palavras da Lei escritas no livro que o sacerdote
Helcias encontrou no Templo de Javé.
25. Nenhum dos reis anteriores se voltou para Javé como ele se voltou de
todo o coração, de toda a alma e com toda a sua força, conforme a Lei de Moisés.
Mesmo depois, não surgiu outro como ele.
26. Apesar disso, Javé não deixou de lado o furor de sua grande ira, que
se havia inflamado contra Judá, por causa de todas as ofensas com que Manassés o
tinha ofendido.
27. Javé disse: “Também expulsarei Judá para longe da minha presença, da
mesma forma como expulsei Israel. Vou rejeitar Jerusalém, esta cidade que eu
tinha escolhido, e o Templo sobre o qual eu tinha dito: Aí estará o meu Nome”.

28. O resto da história de Josias, e o que ele fez, tudo está escrito nos
Anais dos Reis de Judá.
29. No seu tempo, o Faraó Necao, rei do Egito, subiu para se encontrar
com o rei da Assíria, junto ao rio Eufrates. O rei Josias marchou contra ele,
mas, na primeira batalha em Meguido, Necao o matou.
30. Os servos de Josias transportaram seu corpo num carro, o levaram de
Meguido para Jerusalém, e o enterraram no seu túmulo. Então o povo da terra
pegou Joacaz, filho de Josias, o ungiu e o colocou no trono em lugar de seu pai.

JOACAZ E A DOMINAÇÃO EGÍPCIA
31. Joacaz tinha vinte e três anos quando subiu ao trono, e reinou três
meses em Jerusalém. Sua mãe se chamava Hamital. Ela era filha de Jeremias e
natural de Lebna.
32. Ele fez o que Javé reprova, como haviam feito seus antepassados.
33. O Faraó Necao prendeu Joacaz em Rebla, no país de Emat, para que ele
não reinasse mais em Jerusalém. O Faraó impôs ao país um tributo de três
toneladas e meia de prata, e trinta e quatro quilos de ouro.
34. Colocou no trono Eliacim, filho de Josias, em substituição a seu pai
Josias, mudando o nome dele para Joaquim. Levou Joacaz para o Egito, onde ele
morreu.
35. Joaquim pagou o tributo de prata e ouro ao Faraó. Mas, para pagar a
quantia exigida pelo Faraó, teve que criar impostos no país. Conforme as
possibilidades de cada um, exigiu a prata e o ouro necessários para pagar ao
Faraó Necao.

JOAQUIM E A DOMINAÇÃO BABILÔNICA
36. Joaquim tinha vinte e cinco anos quando subiu ao trono, e reinou onze
anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Zebida. Ela era filha de Fadaías e natural
de Ruma.
37. Joaquim fez o que Javé reprova, como haviam feito seus antepassados.

[II Reis 24]II Reis 24

1. Nessa época, Nabucodonosor, rei da Babilônia, marchou contra Joaquim e
o submeteu por três anos. Depois Joaquim se revoltou de novo contra
Nabucodonosor.
2. Javé mandou contra Joaquim bandos de caldeus, arameus, moabitas e
amonitas. Ele os mandou para destruir Judá, conforme a palavra que Javé tinha
dito por meio de seus servos, os profetas.
3. Isso aconteceu a Judá, unicamente por ordem de Javé, para que Judá
fosse expulso de sua presença. Foi por causa dos pecados de Manassés e de tudo o
que ele fez,
4. e também por causa do sangue inocente que ele derramou e como qual
inundou Jerusalém; foi por isso que Javé não quis perdoar.
5. O resto da história de Joaquim, e o que ele fez, tudo está escrito nos
Anais dos Reis de Judá.
6. Joaquim reuniu-se a seus antepassados. E seu filho Jeconias lhe
sucedeu no trono.
7. O rei do Egito não saiu mais de seu país, porque o rei de Babilônia se
havia apossado de todos os territórios que pertenciam ao rei do Egito, desde o
riacho do Egito até o rio Eufrates.

JECONIAS E O PRIMEIRO EXÍLIO NA BABILÔNIA
8. Jeconias tinha dezoito anos quando subiu ao trono, e reinou três meses
em Jerusalém. Sua mãe se chamava Noesta. Ela era filha de Elnatã e natural de
Jerusalém.
9. Jeconias fez o que Javé reprova, como havia feito seu pai.
10. Nesse tempo, os oficiais de Nabucodonosor, rei da Babilônia,
marcharam contra Jerusalém e cercaram a cidade.
11. Nabucodonosor, rei da Babilônia, foi em pessoa atacar a cidade que
seus oficiais haviam cercado.
12. Então Jeconias, rei de Judá, juntamente com sua mãe, seus oficiais,
seus chefes e funcionários, se entregou ao rei da Babilônia, e este os fez
prisioneiros. Isso aconteceu no oitavo ano do reinado de Jeconias.
13. Nabucodonosor levou embora todos os tesouros do Templo de Javé e os
tesouros do palácio real. Quebrou todos os objetos de ouro que Salomão, rei de
Israel, tinha feito para o Templo, conforme as ordens de Javé.
14. Levou para o exílio toda a cidade de Jerusalém, todos os chefes e os
notáveis, cerca de dez mil pessoas. Levou também todos os ferreiros e artesãos.
Deixou no país somente o povo mais pobre.
15. Exilou Jeconias para Babilônia. Levou também, de Jerusalém para a
Babilônia, a mãe do rei, suas mulheres, seus funcionários, a classe governante

16. e todos os ricos: cerca de sete mil pessoas. Levou ainda os ferreiros
e artesãos: cerca de mil pessoas, todos os homens aptos para a guerra.
17. Em lugar de Jeconias, Nabucodonosor nomeou rei a Matanias, tio de
Jeconias, mudando o nome dele para Sedecias.

SEDECIAS: UMA POLÍTICA SUICIDA
18. Sedecias tinha vinte e um anos quando subiu ao trono, e reinou onze
anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Hamital. Ela era filha de Jeremias e
natural de Lebna.
19. Sedecias fez o que Javé reprova, como havia feito Jeconias.
20. Isso aconteceu a Jerusalém e a Judá por causa da ira de Javé, que
acabou por rejeitá-los de sua presença. Sedecias se revoltou contra o rei da
Babilônia.

[II Reis 25]II Reis 25

1. No nono ano do seu reinado, no dia dez do décimo mês, Nabucodonosor,
rei da Babilônia, com todo o seu exército, atacou Jerusalém. Acampou diante da
cidade e construiu ao redor dela torres de assalto.
2. A cidade ficou cercada até o ano onze do reinado de Sedecias,
3. até o dia nove do quarto mês. A fome apertou na cidade, e o povo não
tinha nada para comer.
4. Então foi aberta uma brecha nas muralhas da cidade. E o rei, com todos
os soldados, fugiu de noite pela porta que fica entre as duas muralhas, perto do
jardim do rei. Tomaram o caminho da Arabá, enquanto os caldeus ainda cercavam a
cidade.
5. O exército caldeu perseguiu o rei e o alcançou nas planícies de
Jericó, enquanto os soldados dele o abandonaram e se dispersaram.
6. Os caldeus prenderam o rei e o levaram ao rei da Babilônia, que estava
em Rebla e que pronunciou a sentença contra Sedecias.
7. Nabucodonosor mandou degolar os filhos de Sedecias na presença do pai.
Depois furou os olhos do rei, o algemou e o levou para a Babilônia.

SEGUNDO EXÍLIO E FIM DO REINO DE JUDÁ
8. No dia sete do quinto mês, correspondendo ao ano dezenove de
Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nabuzardã, chefe da guarda e oficial do rei da
Babilônia, chegou a Jerusalém.
9. Ele pôs fogo no Templo de Javé, no palácio real e em todas as casas de
Jerusalém, e incendiou todas as mansões.
10. Ao mesmo tempo, o exército caldeu, que acompanhava Nabuzardã, chefe
da guarda, destruiu as muralhas que rodeavam Jerusalém.
11. Nabuzardã exilou o resto do povo que tinha ficado na cidade, os
desertores que tinham passado para o lado do rei da Babilônia e o resto da
população.
12. O chefe da guarda deixou uma parte do povo pobre da terra, para
trabalhar nas vinhas e nos campos.
13. Os caldeus quebraram as colunas de bronze, as bases entalhadas e o
Mar de bronze que estavam no Templo de Javé, e levaram o bronze para a
Babilônia.
14. Levaram também os recipientes para cinzas, as pás, facas, taças e
todos os objetos de bronze que eram usados no culto.
15. O chefe da guarda pegou os incensórios, as vasilhas para aspersão e
tudo o que era de ouro e prata.
16. Quanto às duas colunas, ao Mar e às bases entalhadas, que Salomão
tinha feito para o Templo de Javé, era impossível calcular o peso de bronze de
todos esses objetos.
17. Cada coluna tinha nove metros de altura e terminava num capitel de
bronze de dois metros e meio de altura, enfeitado de um trançado e de romãs,
tudo feito de bronze.
18. O chefe da guarda prendeu Saraías, sacerdote chefe, Sofonias,
sacerdote que ocupava o segundo lugar, e os três guardas das portas.
19. Na cidade, prendeu um funcionário, que era chefe do exército, cinco
conselheiros do rei, que se encontravam na cidade, o secretário do chefe do
exército, que mobilizava o povo da terra, e sessenta cidadãos que se encontravam
na cidade.
20. Nabuzardã, chefe da guarda, prendeu todos esses e os levou ao rei da
Babilônia, em Rebla.
21. O rei da Babilônia mandou matá-los em Rebla, no território de Emat.
Desse modo, Judá foi exilado para longe do seu país.

ÚLTIMA E INÚTIL REVOLTA
22. Nabucodonosor, rei da Babilônia, nomeou Godolias, filho de Aicam e
neto de Safã, para governar o povo que Nabucodonosor deixou no território de
Judá.
23. Quando todos os oficiais das tropas e seus homens souberam que o rei
da Babilônia tinha nomeado Godolias como governador, foram encontrar-se com ele
em Masfa. Eram eles: Ismael, filho de Natanias; Joanã, filho de Carea; Saraías,
filho de Taneumet, netofatita; e Jezonias, maacatita. Eles foram junto com seus
homens.
24. Godolias jurou a todos eles: “Não tenham medo e se submetam aos
caldeus. Fiquem na terra, obedeçam ao rei da Babilônia, e tudo correrá bem para
vocês”.
25. No sétimo mês, porém, Ismael filho de Natanias e neto de Elisama, que
era de descendência real, foi com dez homens e matou Godolias, junto com os
judeus e caldeus que estavam com ele em Masfa.
26. Então todo o povo, adultos e crianças, com os chefes das tropas,
fugiram para o Egito, porque ficaram com medo dos caldeus.

HORIZONTE DE ESPERANÇA
27. No ano trinta e sete do exílio de Jeconias, rei de Judá, no dia vinte
e sete do décimo segundo mês, Evil-Merodac, rei da Babilônia, no ano em que
subiu ao trono, concedeu anistia a Jeconias, rei de Judá, e o tirou da prisão.

28. Tratou-o amigavelmente e concedeu-lhe um trono mais alto que dos
outros reis que estavam com ele na Babilônia.
29. Jeconias tirou as roupas de prisioneiro e começou a comer sempre na
mesa do rei, durante todos os dias de sua vida.
30. Enquanto viveu, seu sustento foi garantido constantemente pelo rei.


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